Fundação : 29 de março de 1549
Região metropolitana : Salvador
Municípios limítrofes : Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Madre de Deus, Salinas da Margarida, Saubara, Itaparica, Vera Cruz, São Francisco do Conde e Santo Amaro.
Distância até a capital : 1 531 km
- Área total : 693,453 km²
- Área urbana : IBGE/2019 196,26 km²
Clima : tropical atlântico
CEP : 40020-000
HÍSTORIA
Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários; entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos: Dr. Jorge Valadares; e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e Leonardo Nunes, entre outros. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais tarde, solicitassem ao Reino o envio de noivas.
Tomé de Sousa, após receber de um funcionário a notícia de que o substituto estava a caminho, disse-lhe: "Vedes isto, meirinho? Verdade é que eu desejava muito, e me crescia a água na boca quando cuidava em ir para Portugal; mas não sei por que agora se me seca a boca de tal modo que quero cuspir e não posso". Por ocasião dos 450 anos da cidade, o historiador Cid Teixeira comparou o empreendimento de construção da primeira capital do Brasil, no século XVI, com a construção de Brasília, no século XX. As duas cidades surgiram de uma decisão política de ocupação do território, e ambas, cada uma a seu tempo, trouxeram inovações urbanísticas. Era pelo porto que a cidade se articulava com o mundo. Assim, Salvador foi desde o primeiro instante cosmopolita. "Não se tratava de um povoado que foi crescendo. A cidade já surge estruturada. Salvador não nasce de um passado, mas de um projeto de futuro que era construir o Brasil", analisa o escritor Antonio Risério.
Festa de São Gonçalo em Salvador, 1718
A cidade segue o modelo de urbanização adotado por várias cidades costeiras portuguesas, que incorpora as características do meio físico ao desenho urbano. "A escolha de sítios elevados para a implantação dos núcleos defensivos; a estruturação da cidade em dois níveis: a cidade alta, institucional e política, e a cidade baixa, portuária e comercial; a cuidadosa adaptação do traçado das ruas às características topográficas locais; um perímetro de muralhas, que não acompanhava o tecido construído, mas se adaptava às características do território; e uma concepção de espaço urbano em os edifícios localizados em posições dominantes davam sentido e estruturavam os espaços envolventes" — são características que se observam em Lisboa, Porto ou Coimbra, assim como em cidades coloniais como Salvador, Luanda (fundada na segunda metade do século XVI) e Rio de Janeiro. Ademais, "na cidade portuguesa, os edifícios públicos, civis ou religiosos, localizados em pontos proeminentes do território e associados a uma arquitetura mais cuidada que os destacava na malha urbana, tinham um papel estruturante fundamental na organização da cidade".
Assim, núcleo urbano primitivo da primeira capital brasileira é construído no cume de um monte, e a organização da cidade se dá em dois níveis — Cidade Alta, sede do poder civil e religioso, e Cidade Baixa, onde se desenvolviam as atividades marítimas e comerciais. Nas instruções dadas em 1548 por D. João III a Tomé de Sousa estão expressas as preocupações da Coroa com a regularidade do traçado da nova cidade. Foi, portanto, uma cidade planejada, e o seu traçado que se adaptava, por um lado, à topografia local e, por outro, a um perímetro de fortificações de forma trapezoidal. No seu interior, era constituída por quarteirões retangulares, do que resultava uma malha regular, mas não perfeitamente ortogonal. Na cidade inicialmente delineada por Luís Dias havia dois conjuntos de quarteirões retangulares de diferentes proporções. Um desses conjuntos tinha uma estrutura idêntica aos quarteirões de cidades medievais planejadas. Os quarteirões do outro conjunto tinham uma forma mais quadrada, e cada um deles era composto por lotes dispostos costas-com-costas ou fazendo frente para as quatro faces do quarteirão, numa estrutura idêntica à encontrada no Bairro Alto de Lisboa ou na cidade de Angra do Heroísmo, ambos contemporâneos da fundação de Salvador. Na parte alta da cidade, localizavam-se os principais edifícios institucionais e grande parte das áreas habitacionais, enquanto na parte baixa desenvolveram-se as funções portuárias e mercantis.
"Planta da restituição da Bahia" (João Teixeira Albernaz, o velho, 1631): em primeiro plano a Armada Espanhola contra os invasores da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais
Com a construção do núcleo urbano da cidade do Salvador, a população indígena tupinambá que circundava a capital colonial no século XVI estava dispersa em diversas aldeias integralmente autônomas que, com o avanço do aprisionamento e escravização praticada pelos colonos portugueses, começaram a diminuir, enquanto surgiram aldeamentos que passaram a ficar submetidos diretamente ao controle de alguns colonos ou, então, que passaram ser administrados pela Companhia de Jesus, a exemplo da aldeia de Camaragipe ou de Nossa Senhora do Rio Vermelho, da aldeia de São Lourenço ou Tamandaré, da aldeia de São Sebastião ou Tubarão, chefiada pelo cacique Iperu, uma liderança tupinambá inicialmente perseguida por Tomé de Sousa que, após acordo de paz, aderiu à conversão ao catolicismo, e da aldeia de Simão, nome de outra liderança indígena local.
Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil. Chegou a 13 de julho de 1553, trazendo 260 pessoas (entre elas, o filho Álvaro), jesuítas, como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos. Mem de Sá, terceiro governador-geral, que governou até 1572, realizou uma profícua administração. Uma nova muralha, desenhada em 1605, envolvia uma área que correspondia a três ou quatro vezes a área original da cidade. No centro da nova expansão urbana, desenvolvida ao longo da segunda metade do século XVI, situavam-se o Colégio dos Jesuítas e o Terreiro de Jesus. O traçado dessa nova área de expansão da cidade é mais ortogonal e regular do que o núcleo original. A estrutura de loteamento dos quarteirões é igualmente regular, idêntica na sua estrutura e dimensões à do Bairro Alto. O Terreiro de Jesus foi concebido desde o início como uma praça regular e terá sido o elemento gerador de uma malha urbana circundante. Trata-se agora de uma concepção radicalmente diferente — e moderna — de espaço urbano e de estruturação urbana. A praça, e não mais os edifícios singulares, passa a ser o elemento estruturador da urbanização.
A cidade foi invadida pelos holandeses em 1624-1625 e em 1638. O açúcar, no século XVII — assim como no século anterior —, era o produto mais exportado pela América Portuguesa, e a Bahia era a segunda maior capitania produtora de açúcar no Brasil, atrás de Pernambuco. Na época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho.
A Cidade do São Salvador da Baía de Todos os Santos foi a capital e sede da administração colonial do Brasil até 1763. Em 1798, ocorreu a Revolta dos Alfaiates, na qual estavam envolvidos homens do povo como Lucas Dantas e João de Deus, e intelectuais da elite, como Cipriano Barata e outros profissionais liberais. Em 1809, Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, iniciou sua administração. Em 1812, inaugurou o Teatro São João, onde mais tarde Xisto Bahia cantaria suas chulas e lundus, e Castro Alves inflamaria a plateia com os maravilhosos poemas líricos e abolicionistas. Ainda no governo do Conde dos Arcos, ocorreram os grandes deslizamentos nas Ladeiras da Gameleira, Misericórdia e Montanha.
Salvador em 1875
No século XIX, no período imperial, alterações sociais provocaram a mudança da elite do Pelourinho para a Vitória. Casarões dessa época ainda persistem no Corredor da Vitória a despeito da especulação imobiliária.
Em 1835, ocorreu a revolta dos escravos muçulmanos, conhecida como Revolta dos Malês. Durante o século XIX, Salvador continuou a influenciar a política nacional, tendo emplacado diversos ministros de Gabinete no Segundo Reinado, tais como José Antônio Saraiva, José Maria da Silva Paranhos, Sousa Dantas e Zacarias de Góis. Com a proclamação da República e a crise nas exportações de açúcar, a influência econômica e política da cidade no cenário nacional decresce.
Período republicano
O Pelourinho em 1900
Em 1912, ocorreu o bombardeio da cidade, causado pelas disputas entre as lideranças oligárquicas na sucessão do governo: foram destruídos a biblioteca e o arquivo, perdendo-se, de forma irremediável, importantes documentos históricos da cidade.
Na virada entre os séculos XIX e XX, as influências das intervenções urbanísticas em Paris pelo Barão Haussmann chegaram à cidade. Por isso, em 1915 foi inaugurada a Avenida Sete de Setembro, construída a partir de algumas demolições. A nova avenida era a maior da cidade na época, com mais de quatro quilômetros de extensão, desde o Centro até a Barra. De mesma forma, a organização urbano-financeira do centro de Londres e de Wall Street da cidade de Nova Iorque também marcaram sua influência. Após vários aterros sobre a Baía de Todos os Santos, o bairro do Comércio surgiu em 1920 para concentrar as atividades financeiras na cidade, com sedes de agências de exportação e de câmbio e instituições bancárias e financeiras.
Durante a década de 1960, o processo de industrialização no estado atraiu a população do interior e intensificou a formação das periferias na capital. Soma-se ainda a venda de terras públicas municipais em 1968 para encarecer os terrenos do centro e da orla atlântica e empurrar os mais pobres para regiões mais distantes ou enclaves em volta do centro comercial.
A partir da década de 1970 as atividades econômicas de comércio varejista passaram a agrupar-se em centros comerciais (shopping centers). Assim, empreendimentos do tipo surgiram na cidade e para lá se deslocaram lojas de vestuário e departamento bem como restaurantes.
A influência africana em muitos aspectos culturais da cidade a torna o centro da cultura afro-brasileira. Primeira capital da América Portuguesa, que corresponde ao atual Brasil, a cidade é uma das mais antigas do continente americano e uma das primeiras cidades planejadas no mundo, ainda no período do Renascimento. Sua fundação em 1549 por Tomé de Sousa ocorreu por conta da implantação do Governo-Geral do Brasil pelo Império Português.
A centralização como capital junto à colonização lusitana foram importantes fatores na formação do perfil do município, da mesma forma que certas características geográficas. A construção da cidade se deu acompanhando a topografia acidentada, inicialmente com a formação de dois níveis (Cidade Alta e Cidade Baixa) sobre uma escarpa acentuada e, mais tarde, com a concepção das avenidas de vale. Com 692,818 quilômetros quadrados de área, seu território emerso é peninsular e o litoral é margeado pela Baía de Todos os Santos a oeste e pelo Oceano Atlântico a leste.O Centro Histórico de Salvador, iconizado nos arredores do Largo do Pelourinho, é conhecido pela sua arquitetura colonial portuguesa com monumentos históricos que datam do século XVII até o início do século XX, tendo sido declarado como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1985. Palco de um dos maiores Carnavais do mundo (maior festa de rua do mundo, segundo o Guiness Book), a integração do município à Rede de Cidades Criativas da Unesco como "Cidade da Música", título singular no país, acresceu o reconhecimento internacional da música de Salvador.
Com mais de 2,8 milhões de habitantes, é o município mais populoso do Nordeste e o terceiro do Brasil. Dentre as cidades latino-americanas é a nona, superada por São Paulo, Cidade do México, Buenos Aires, Lima, Bogotá, Rio de Janeiro, Santiago e Brasília (esta ultrapassou Salvador em 2016, mas é um distrito federal, e não um município). É núcleo de região metropolitana conhecida como "Grande Salvador", que possuía uma estimativa de 3 957 123 habitantes em 2020 de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que a torna a segunda área metropolitana mais populosa do Nordeste, a sétima do Brasil e uma das 120 maiores do mundo. Também por essas dimensões urbano-populacionais, é classificada pelo estudo do IBGE sobre a rede urbana brasileira como uma metrópole regional. Nos relatórios dos anos de 2014 e 2020, a Rede de Pesquisa de Globalização e cidades Mundiais (GaWC, na sigla em inglês) classificou Salvador como uma cidade global na categoria "Suficiência" (a menor). Levantamentos de cidades globais da consultoria Kearney também incluíram Salvador nos relatórios anuais de 2018 e 2020, enquanto a excluiu no de 2019.
Centro econômico do estado, Salvador é também cidade portuária, centro administrativo e turístico. Sua região metropolitana possui o maior PIB entra as concentrações urbanas do Nordeste. Em 2020, tinha o segundo maior produto interno bruto (PIB) dentre os municípios nordestinos. Ademais, é sede de importantes empresas regionais, nacionais e internacionais, a exemplo da Organização Odebrecht, Braskem, Coelba, Suzano. Além de empresas, a cidade sedia ou sediou também muitos eventos e organizações culturais, políticas, educacionais, esportivas, como a Universidade do Estado da Bahia, a Universidade Federal da Bahia, a Escola de Formação Complementar do Exército Brasileiro, a Confederação Brasileira de Surf, o 12.º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal (em 2010),III Conferência Ibero-americana (em 1993), o Campeonato Pan-americano de Judô de 2003, a II Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora (em 2006), a Copa América de 1989, a Copa das Confederações FIFA de 2013, a Copa do Mundo FIFA de 2014 e o futebol dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.
Além dos famosos pontos turísticos, como o Elevador Lacerda, o Largo do Pelourinho, a Praça da Sé e a Igreja Senhor do Bonfim, a cidade de Salvador tem muitos outros atrativos, entre culturais, históricos e gastronômicos.
São tantas coisas para fazer que fica realmente difícil saber onde ir e o que visitar primeiro na terra do acarajé.
O que fazer em 1 semana em Salvador?
Além dessa cidade ter sido a primeira capital brasileira, ela também conta a história do Brasil, desde a época dos colonizadores até a mistura dos povos e suas culturas.
PRIMEIRO DIA
No primeiro dia em Salvador é recomendado dedicar a manhã para a sua chegada e instalação no hotel ou pousada. Isso pode ser rápido, mas é importante contar com os imprevistos.
Caso consiga se livrar das burocracias antes do meio-dia, que tal fazer pedidos na Igreja Nosso Senhor do Bonfim?
Depois desse primeiro passo na cidade, é uma boa hora dar um rolê em uma praia, para isso, vá para atrás da Igreja Nosso Senhor do Bonfim e desça a Ladeira do Porto da Lenha.
Caso seu primeiro dia em Salvador seja em uma segunda-feira, é comum ver a praia cheia de pessoas da Ribeira, pois costuma ser o dia de folga deles em hotéis.
Dá para curtir o clima praiano e tomar um sorvete à beira-mar ou comer alguma coisa saborosa em um restaurante local.
É possível que o passeio matutino se estenda para o início da tarde, ainda mais que a gastronomia baiana é bastante convidativa: você vai sentir vontade de passar mais tempo conhecendo bares, quiosques e os melhores restaurantes de Salvador.
Mas a vida não é só comer, não é mesmo? E em Salvador tem muitas atrações para você curtir.
Durante a tarde, por exemplo, inclua em seu roteiro um passeio pelo Farol da Barra, mais especificamente nas piscinas naturais de O Buraco da Sereia.
Além disso, dá para conhecer as praias da Barra e de Ondina (ainda mais se você se hospedar em um dos hotéis desses dois bairros).
Aliás, Ondina é conhecida pelo desfile dos foliões no carnaval, e fica bem movimentada durante essa época.
Por outro lado, também é uma área tranquila em outras épocas do ano, perfeita para caminhar pela orla e admirar a praia com cara de mar aberto.
Pôr do sol em Morro do Cristo
Depois, vá ao Morro do Cristo, um mirante para o pôr do sol, situado na praia da Barra. Uma dica para quem está acostumado com o sol se pondo mais tarde é verificar a previsão do tempo.
Em Salvador, o sol vai embora mais cedo, mais ou menos às 17h55, por isso, é melhor chegar uns 40 minutos antes para não perder a vista.
Chegamos ao fim do primeiro dia em Salvador. Você pode terminar seu dia em um barzinho com música ao vivo, escolher um restaurante para saborear o melhor da culinária baiana ou se esbaldar em um fast-food, se quiser economizar.
SEGUNDO DIA
Depois de visitar algumas praias, inclua no roteiro do seu segundo dia em Salvador uma visita ao centrinho.
Essa é a parte histórica da região e vale muito a pena começar bem cedinho, porque tem inúmeras atrações.
Para começar, o centrinho todo concentra os pontos históricos, como o Mercado Modelo de Salvador.
Ele está situado na cidade baixa, que é justamente onde está o centro, e é uma parada obrigatória para comprar lembranças, temperos, e muito mais.
Além disso, tem uma vista maravilhosa da Baía de Todos os Santos, ainda mais se você subir no segundo andar.
Endereço: Praça Visconde de Cayru, s/nº.
Horários de funcionamento: das 9h às 18h, de segunda a sábado, e até às 14h, aos domingos.
Apreciou a vista do Mercado? Então é hora de descer e pegar o famoso Elevador Lacerda rumo à Cidade Alta.
Ainda que seja um elevador comum (não é panorâmico), não resta dúvida de que “viajar” no primeiro elevador urbano do mundo, construído no século XIX, é incrível por si só.
São 72 metros de altura e é a melhor forma de sair da cidade baixa direto para o Largo do Pelourinho.
Elevador Lacerda
Endereço: Praça Tomé de Souza, s/nº.
Horários de funcionamento: das 6h às 22h, todos os dias.
Entrada: R$ 0,15.
Visitando o Pelourinho
No caminho, você vai encontrar o Monumento da Cruz Caída, erguida para homenagear a antiga Catedral da Praça da Sé.
É comum ter artesãos vendendo suas artes no local.
Em seguida, você vai se deparar com a praça do Pelourinho, no Largo Terreiro de Jesus.
Mas agora bateu a fome, onde comer em Salvador na manhã do segundo dia?
A sugestão é comer no Cuco Bistrô, um restaurante na rua da Igreja e Convento de São Francisco, que serve comida a lá carte com base na gastronomia baiana.
Apesar de cara, vale a pena saborear alguns pratos, como o Levanta o Véio (250g a R$ 19, um caldinho de sururu, com camarão seco e macaxeira, e o famoso bobó de camarão, custando R$ 85 para uma pessoa.
De sobremesa, não saia do Pelô sem provar a goiabada com queijo da serra e coco verde, apelidada de Dona Flor e Seus Dois Maridos. O preço está por volta de R$ 21.
Cuco Bistrô
Endereço: Largo do Cruzeiro de São Francisco, 6/4.
Horários de funcionamento: das 11h às 22h, de segunda a sábado, e até às 18h, aos domingos.
Preço: a partir de R$ 6.
Depois de comer as maravilhas do Cuco Bistrô, vale dar uma passadinha na Catedral Basílica de Salvador, uma das igrejas de ouro construídas no século XVII.
A importante construção sacra não chama atenção apenas pelos detalhes em ouro, mas também por ser parte da história do Brasil Colônia.
Ela é considerada a “mãe” das igrejas católicas do Brasil e sede do arcebispado brasileiro.
Apesar de não ter tanto ouro quanto o Convento de São Francisco (aquele que fica na rua do Cuco Bistrô), os turistas ficam impressionados com o seu interior.
Endereço: Largo Terreiro de Jesus, s/nº.
Horários de funcionamento: das 9h às 17h, de segunda a domingo.
Preço: a partir de R$ 5.
Agora você pode voltar pelo mesmo local de onde veio (Largo do Terreiro de Jesus) e seguir para a rua das Portas do Carmo, popularmente conhecida como Ladeira do Pelô.
Ali, você terá acesso a muitas lojinhas de souvenirs e vai poder fazer mais coisas do que fez pela manhã.
Vale lembrar que foi nesse espaço onde Michael Jackson gravou o clipe “They Don’t Care About Us”. Sucesso que fala, não é?
Depois de admirar a vista da ladeira, vamos descer tudo e chegar à Casa do Benin, depois da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
Lá é um museu das raízes africanas que vale a pena conhecer. Ou seja, não desça a ladeira do Pelourinho sem conferir o máximo das atrações que Salvador guarda para você.
Mais um pôr do sol para apreciar na cidade, dessa vez, na Baía de Todos os Santos.
Uma das dicas para aproveitar a vista lindíssima é pagar barato no bar Daqui do Alto. Tem bebida boa e porções deliciosas. Vale muito a pena curtir o finalzinho da tarde enquanto come uns bons quitutes.
Para fechar o segundo dia em Salvador, é possível apreciar um bom evento no MAM (Museu de Arte Moderna) na Bahia.
Inclusive, se você quiser correr para cá para admirar o pôr do sol, também pode, viu? A vista é deslumbrante e muito convidativa.
Falando sobre o evento, se você não sabe o que fazer à noite em Salvador, já fique ciente de que o MAM reúne artistas locais para tocar uma mistura de jazz com MPB, o que ficou conhecido como JAM no MAM.
Além disso, há outras apresentações musicais também, uma ótima maneira de terminar a noite na cidade.
Sem sombras de dúvida, é uma das melhores atrações noturnas de Salvador.
Endereço: av. Lafayete Coutinho, s/nº.
Horários de funcionamento: das 13h às 17h, de terça-feira a domingo.
Preço:R$ 25 (inteira);
R$ 12,50 (meia entrada);
Gratuito aos domingos.
TERCEIRO DIA
No terceiro dia de roteiro em Salvador, pegue uma balsa bem cedinho no Terminal Marítimo atrás do Mercado Modelo e atravesse a Baía de Todos os Santos até Itaparica e a Ilha dos Frades.
O passeio para as duas ilhas também pode ser feito por agências de turismo, que inclui não só o ingresso de escuna como também o transfer do hotel.
Como é uma viagem de mais de 1h e o passeio pelas ilhas dura 8h, melhor dedicar todo o 3º dia aqui.
Ainda que o passeio seja longo, o trajeto é feito por escunas grandes, com serviço de bebidas, petiscos, toaletes, e até roda de samba. Isso tudo, acompanhado pela vista espetacular que circunda o local.
Ao chegar na Ilha de Frades, é preciso pagar R$ 25 da taxa de preservação, visto que a ilha foi a primeira a receber o selo “Bandeira Azul”, em excelência na gestão ambiental.
O território possui oito quilômetros de extensão e uma praia em cada uma das 15 pontas que formam a ilha.
É lindo demais contemplar o seu verde e as águas branquinhas do mar, que dificilmente você vai sentir cansaço por subir os 128 degraus para a Igreja Nossa Senhora do Guadalupe.
Sim, são degraus à beça, mas tudo rodeado por muitas árvores e ar puro. Vale muito a pena apreciar esse cantinho paradisíaco de Salvador em seu roteiro.
Aproveite a manhã toda por aqui e almoce em um dos restaurantes da Ilha antes de embarcar para a próxima parada.
Horários de funcionamento: variável, podendo ser a partir das 9h30.
Entrada: R$ 25.
A maior ilha da Baía é a de Itaparica, a 40 minutos da Ilha dos Frades.
O lugar é deslumbrante, ainda mais se você tiver sorte de pegá-la durante a maré baixa. É que nesse período, a maré baixa forma um banco de areia que faz você ter a sensação de estar no meio do mar. É fascinante!
Caso você não tenha ficado satisfeito com o almoço no passeio anterior, pode matar a fome no Restaurante Manguezal.
O espaço decorado oferece ótima infraestrutura, cardápio delicioso e um buffet custando apenas R$ 45. O preço é único e você come desde saladas até pratos típicos da Bahia, como vatapá e caruru.
Depois da comilança, arremata com um cafezinho ou frutas, enquanto descansa em um dos bangalôs do restaurante.
Itaparica
Horários de funcionamento da embarcação: de hora em hora, de 5h às 22h.
Preço:R$ 5,10 (de ferry boat);
R$ 6,10 (de ferry boat aos sábados, domingos e feriados).
Restaurante Manguezal
Endereço: rua A, lote Nova Itaparica.
Horários de funcionamento: das 9h às 17h, todos os dias.
Preço: R$ 45 o buffet.
Voltando para Salvador
Se não houver nenhum atraso, dá tempo de conferir outras atrações nos arredores do Mercado Modelo, como o Shopping Bela Vista ou a Fundação Casa de Jorge Amado, com várias obras e histórias do autor baiano.
Endereço: Alameda Euvaldo Luz, 92 – Horto Bela Vista.
Horários de funcionamento: aberto até às 22h.
Casa do Jorge Amado
Endereço: Largo do Pelourinho, 15 – Pelourinho.
Horários de funcionamento: aberto até às 18h de segunda a sexta e até às 16h aos sábados.
Não deixe de curtir o espetáculo Balé Folclórico da Bahia, a pura imersão na cultura baiana, com a manifestação do folclore regional.
A apresentação dessa famosa companhia conta com músicos, dançarinos e cantores, já ganhou prêmios e é perfeita para toda a família.
Endereço: Rua Gregório de Matos, 49 – Pelourinho.
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, às 20h, com ingressos vendidos a partir das 15h.
Preço: R$ 45.
(Preços apurados em 2023)
Outro point que recebeu a visita de uma celebridade é a Praia da Gamboa, mais especificamente, a Prainha da Gamboa de Baixo, onde Anitta gravou o clipe “Bola Rebola”.
O lugar é uma praia de pedra, bem na encosta, junto às casinhas coloridas, que dão muito charme à região.
Inclusive, ela fica bem próxima do MAM e tem uma paisagem incrível, muito boa para tirar uma bela foto.
Inclusive, ao lado do MAM tem a praia Solar do Unhão. Agora, caso você queira entrar no Museu de novo, não deixe passar essa oportunidade, pois sempre dá vontade de repetir o passeio.
Endereço: rua Conceição da Praia, 1065, Comércio.
Mergulho no Porto da Barra
Em menos de 10 minutos, você chega à praia do Porto da Barra, um lugar perfeito para dar um mergulho em Salvador.
Dependendo da agência de turismo que você escolher, o preço pode sair um pouco salgado (R$ 250), mas vale super a pena a experiência.
Isso porque o mergulho garante uma vista privilegiada dos peixinhos, das tartarugas e de navios naufragados. É incrível e assustador ao mesmo tempo!
Aproveite que está por aqui e almoce no restaurante Portal do Mar, um lugar despojado, com precinho justo e comida boa.
Tem carne de sol, cerveja gelada e frutos do mar, como a casquinha de siri, e serviço a la carte.
Porto da Barra
Endereço: av. Sete de Setembro – Barra.
Restaurante Portal do Mar
Endereço: av. Sete de Setembro, 510 – Barra.
Horário de funcionamento: das 10h às 16h, todos os dias.
Preço: de R$ 3 (Tábua de Frios) a R$ 135 (Mariscada Moda da Casa).
Não dá para deixar de fora em Salvador uma visita ao bairro Rio Vermelho.
É lá que está a casa dos escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, conhecida como a Casa do Rio Vermelho. Se você já conheceu a Fundação Jorge Amado no Pelourinho, agora precisa conhecer essa daqui.
A Casa do Rio Vermelho tem exposição de obras dos dois escritores e um circuito audiovisual que interage com os visitantes em cada cômodo da casa.
Endereço: rua Alagoinhas, 33 – Rio Vermelho.
Horário de funcionamento: das 10h às 18h (fecha às segundas-feiras).
Entrada: R$ 20 (gratuito às quartas).
Se você não conseguiu pegar o pôr do sol após sair da Casa do Rio Vermelho, calma, que não é o fim do mundo. Agora é hora de saber o que fazer à noite em Salvador: explorar o bairro Rio Vermelho.
É um dos lugares mais badalados por turistas e moradores, um verdadeiro agito baiano nas noites de Salvador.
Uma boa opção é comer um acarajé no Largo de Santana, ou, como é chamado, Largo da Dinha, o point mais amado para comer o prato típico da região.
Endereço: Largo de Santana;
Preço: a partir de R$ 34 (tem combo com refrigerante).
Horário de funcionamento:segunda a quinta, das 15h às 22h;
sextas, das 15h às 22h30;
sábados, das 13h às 22h30;
domingos, das 12h às 22h.
QUINTO DIA
“Passar uma tarde em Itapuã
ao sol que arde em Itapuã
ouvindo o mar de Itapuã…”
Famosa na canção de Vinícius de Moraes e Toquinho, a praia de Itapuã é um ponto turístico realmente encantador.
Além de uma ótima infraestrutura turística, com bares, restaurantes e mercadinhos, o local também tem um ponto de desova para tartarugas marinhas.
Por isso, foi criado o projeto TAMAR, que ajuda a preservar o lugar e a espécie.
Endereço: Praça Gago Coutinho, s/nº – São Cristóvão.
Horário de funcionamento: das 7h às 21h, todos os dias.
Entrada: R$ 35 (inteira);
R$ 17,50 (meia);
Gratuito (crianças até 5 anos, natural de Mata de São João, Marinha e funcionários da CLN).
Itapuã é um bairro bastante tranquilo e seguro para passear com amigos ou familiares. Por isso, vale esticar a tarde em Itapuã com a vida noturna do lugar.
Além disso, você pode experimentar o melhor acarajé do bairro no Acarajé da Cira.
O prato típico é muito elogiado por todos os moradores e visitantes. Assim, você encerra mais um dia em Salvador com gostinho especial na boca.
Endereço: Largo da Mariquita – Rio Vermelho.
Horários de funcionamento: das 15h às 23h na terça, das 15h às 22h, na quarta, quinta e sexta, das 14h às 00h aos sábados, e das 14h às 22h30 aos domingos.
Preço: a partir de R$ 9,80.
No penúltimo dia do seu roteiro em Salvador, vamos para a Praia do Forte, um distrito da Mata de São João, a 80 km de Salvador.
A região tem inúmeros atrativos e ótima infraestrutura, com restaurantes, hospedagens, lojas e agências bancárias.
Para curtir sua manhã nessa praia, que tal conhecer a Fundação Projeto TAMAR?
Sim, além de Itapuã, tem TAMAR no Forte também e está aberto em alguns períodos do ano para os turistas observarem as baleias Jubarte.
Depois, é só seguir para a Praia do Lord, um lugar que vive em harmonia com a vida marinha. Aliás, é uma ótima oportunidade para mergulhar com snorkel e ver as belezas naturais lá embaixo.
Depois, enfim, é só matar a fome com os quitutes baianos dos vendedores locais e beber uma água de coco para refrescar.
A construção do castelo Garcia D’Ávila começou no século XVI, que serviria de casa da torre para o então nomeado almoxarife da Coroa Real, Garcia D’Ávila.
Mas em 1835, a estrutura foi abandonada, e com o tempo as ruínas do castelo foram ganhando ares turísticos, até ser tombada pelo IPHAN, como Patrimônio Nacional.
Para quem gosta de castelos medievais, o passeio por aqui é perfeito.
Em seguida, é hora de mergulhar na Praia Papa Gente, com recifes de corais que chegam até 3 metros de profundidade. Uma riqueza da natureza!
Por fim, tem muitos peixinhos coloridos, polvos, siris, e outras espécies marinhas que a criançada vai amar – e adultos também!
Castelo Garcia D’Ávila
Endereço: rua Direto do Castelo, s/nº – Mata São João.
Horário de funcionamento: das 10h às 18h, de terça-feira a domingo.
Entrada:R$ 30 (inteiro);
R$ 20 (visita em grupo).
Gratuito (crianças, idosos, portadores de necessidades especiais e moradores locais).
O último dia deve ser dedicado ao check-out para você voltar tranquila para casa.
Contudo, ainda temos a manhã pela frente, então que tal curtir algumas praias de novo, como as do Farol da Barra e de Ondina?
Porém, considere as distâncias, até essas atrações praianas é de 37 minutos, então cuidado, pode haver contratempos no caminho de retorno para seu hotel.