Fundação 2007 - Notícias - Informações - Entretenimento - Curiosidades - Ano 2023 -

Cidade de Belo Horizonte

Aniversário : 12 de dezembro

Fundação : 12 de dezembro de 1897
Gentílico : belo-horizontino
Padroeiro(a) : Nossa Senhora da Boa Viagem
Unidade federativa : Minas Gerais
Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte
Microrregião Belo Horizonte
Região metropolitana Belo Horizonte
Municípios limítrofes : Vespasiano, Ribeirão das Neves, Contagem, Ibirité (O), Brumadinho (S), Nova Lima (SE), Sabará (L) e Santa Luzia (NE).
Distância até a capital :  716 km
Características geográficas
Área 330,95 km²
Altitude 852[6] m
Clima Tropical com estação seca

Página oficial
Prefeitura portalpbh.pbh.gov.br
Câmara www.cmbh.mg.gov.br/


Faça uma viagem virtual e conheça a historia e veja fotos da cidade de Belo Horizonte

Até o século XVII, o atual estado de Minas Gerais era habitado por índios do tronco linguístico macro-jê. A partir desse século, essas tribos foram quase exterminadas pela ação dos bandeirantes procedentes de São Paulo, que chegaram à região em busca de escravos e de pedras preciosas.

Na imensa faixa de terras ao largo do Rio das Velhas assenhoradas pelo bandeirante Paulista Bartolomeu Bueno da Silva (mais tarde Anhanguera II), veio seu primo e futuro genro, João Leite da Silva Ortiz, à procura de ouro. Ele ocupou, em 1701, a Serra dos Congonhas (mais tarde Serra do Curral) e suas encostas, onde estabeleceu a Fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del Rei. No local, desenvolveu uma pequena plantação e criou gado, com numerosa escravatura. O povoamento aos poucos foi se firmando, de forma tal que, em 1707, já aparecia citada em documentos oficiais. Em 1711, a carta de sesmaria foi obtida por Ortiz, com a concessão da área que "começava do pé da Serra do Curral, até a Lagoinha, estrada que vai para os currais da Bahia, que será uma légua, e da dita estrada correndo para o rio das Velhas três léguas por encheio". Conforme trecho da carta de sesmaria, à ortografia da época, concedida por Antônio Albuquerque Coelho de Carvalho:


“ Faço saber aos q'. esta minha Carta de Sesmaria virem q', havendo respto. ao q'. por sua petição me enviou a dizer João Leyte da Silva, q'. ele suppte., em o ano passado de 1701 fabricou fazenda em as minas no distrito do Rio das Velhas em a paragem aonde chamão o Sercado, e na dita fazda. teve plantas e criações, de que sempre pagou dízimos e situou gado vacum, tudo em utelidade da fazenda real e conveniência dos minros. (…) ”


Ortiz dedicou-se especialmente ao plantio de roças, criação e negociação de gado, trabalhos de engenho e, provavelmente, a mineração de ouro nos córregos. O progresso da fazenda atraiu outros moradores, e um arraial começou a se formar, tornando-se um dos pontos de concentração dos rebanhos transitados pelo registro das Abóboras, vindos do sertão da Bahia e do São Francisco para o abastecimento das zonas auríferas.

Apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de farinha, o arraial progrediu. A topografia da região favoreceu o estabelecimento de uma povoação dada à agricultura e à vida pastoril. Os habitantes deram o nome de Curral del Rei, por causa do cercado ou curral ali existente, em que se reunia o gado que havia pago as taxas do rei, segundo a tradição corrente. O arraial contava com umas 30 ou 40 cafuas cobertas de sapé e pindoba, entre as quais foi erguida uma capelinha situada à margem do córrego Acaba-Mundo (onde hoje se encontra a catedral), tendo à frente um cruzeiro e ao lado um rancho de tropas. Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se na região, onde se produzia algodão e se fundia ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário, e frutas e madeiras eram comercializadas para outros locais. Das trinta ou quarenta famílias inicialmente existentes, a população saltou para a marca de 18 mil habitantes.

Em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718 em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho. Elevado à condição de freguesia em 1780, mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava as regiões (ou curatos) de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria (Esmeraldas), Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado, Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso. No centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Com a extinção dos curatos, a jurisdição do Curral del Rei viu-se novamente reduzida ao primeiro arraial, com sua população de 2.500 habitantes, que chegou a 4 000 moradores já ao fim do século XIX.

O seguinte trecho do relatório enviado à Cúria de Mariana pelo vigário Pe. Francisco de Paula Arantes, conservada a ortografia, relata a paisagem característica da região à época:

“ A Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem de Curral del Rei está situada em campos amenos na extensa planície de sua serra donde manão imensas fontes de cristalinas e saborosas águas; o clima da região he temperado; a atmosphera he salutifera; está circulada de pedras e mais materiais onde se podem fazer soberbos edifícios; a natureza criou este logar para sua formosa e linda cidade, si algum dia for auxiliada esta lembrança. ”


Porém, enquanto Vila Rica, Sabará, Serro Frio e outros núcleos mineradores se constituíam em centros populosos e ricos, Curral del Rei e sua vocação para o comércio do gado sertanejo estacionou em seu desenvolvimento, não oferecendo lucro que fixasse ao solo uma população como a de outros lugares. O apogeu de Ouro Preto perdurou até o fim do século XVIII, quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e à agricultura, criando novos núcleos regionais e inaugurando uma nova identidade estadual.


Comissão Construtora no campo de obras.


Inauguração de Belo Horizonte, em 12 de dezembro de 1897.

A então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade.[29] Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo: ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto era travada pela topografia. O governador Augusto de Lima encaminhou a questão ao Congresso Mineiro, que, reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais. Cinco localidades foram sugeridas: Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte. A comissão técnica, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade. Voltou o Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, instituiu-se que a capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte.

O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto, o que muito facilitava a mudança; acessível por todos os lados embora circundado de montanhas; rico em cursos d'água; possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões de anos.

Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a denominação de Cidade de Minas. Em 1894, foi desmembrado do município de Sabará. No mesmo ano, os trabalhos de construção foram iniciados pela Comissão Construtora da Nova Capital, chefiada por Aarão Reis, com o prazo de 5 anos para o término dos trabalhos. Em maio de 1895, Aarão Reis foi substituído pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho. Ao 12 de dezembro de 1897, em ato público solene, o então presidente de Minas, Crispim Jacques Bias Fortes, inaugurou a nova capital. A cidade, que já contava com 10 mil habitantes em sua inauguração, custou aos cofres estaduais a importância de 36 mil contos de réis. Em 1901, a Cidade de Minas teve seu nome modificado para o atual, em virtude da dualidade de nomes, já que o distrito e a comarca se chamavam Belo Horizonte.

O projeto de Aarão Reis

Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas (algumas fontes a citam como primeira; outras como terceira, após Teresina e Aracaju. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno.

Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto nº 817 de 15 de abril de 1895:

Foi organizada, a planta geral da futura cidade dispondo-se na parte central, no local do atual arraial, a área urbana, de 8.815.382 m², dividida em quarteirões de 120 m x 120 m pelas ruas, largas e bem orientadas, que se cruzam em ângulos retos, e por algumas avenidas que as cortam em ângulos de 45º.

Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a conveniente arborização, a livre circulação dos veículos, o trafego dos carros e trabalhos da colocação e reparações das canalizações subterrâneas. Às avenidas fixei a largura de 35 metros, suficiente para dar-lhes a beleza e o conforto que deverão, de futuro, proporcionar à população (…)


Planta geral da cidade de Belo Horizonte (1895).

Praça Sete e Avenida Afonso Pena.

Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um bulevar circundante, a Avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial. A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e europeias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann. Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior. O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições de higiene e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas: a área central urbana, a área suburbana e a área rural.

A área central urbana receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica, e abrigaria os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que à época se chamava 17 de Dezembro. A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros.

Para a concretização do projeto, o arraial de Curral del Rei foi completamente destruído, com a transferência de seus habitantes para outro local. Sem condições de adquirir os terrenos valorizados da área central, os antigos moradores foram empurrados para fora da cidade, principalmente para Venda Nova. Acreditava-se que os problemas sociais seriam evitados com a retirada dos operários após a conclusão das obras, o que na prática não ocorreu. A cidade foi inaugurada às pressas, ainda inacabada. Os operários, em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar, formaram favelas na periferia da cidade, juntamente com os antigos moradores do Curral del Rei.

A expansão


Vista parcial do centro de Belo Horizonte no início da década de 1930. Em primeiro plano, a avenida Afonso Pena.


Praça Raul Soares em meados da década de 1930.

A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade, que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria. A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime: construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a cidade em comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 1922.

Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o tratamento da tuberculose: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 exerceu função quase estritamente administrativa. Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Nos anos 1930, Belo Horizonte se consolidava como capital, não isenta de críticas e de louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para ser uma conquista humana, algo para ser não somente visto, mas para ser vivido também. Nesta época o município já contava com 120.000 habitantes e passava por problemas de ocupação, gerando uma crise de carência de serviços públicos. Necessitava de um novo planejamento para que se recuperasse a cidade moderna.

Entre as décadas de 1930 e 1940 houve o avanço da industrialização, além da criação do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, inaugurado em 1943 por encomenda do então prefeito Juscelino Kubitschek. O conjunto da Pampulha reuniu os maiores nomes do modernismo brasileiro, com projetos de Oscar Niemeyer, pinturas de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de Roberto Burle Marx. Ao mesmo tempo, o arquiteto Sílvio de Vasconcelos também criou muitas construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade.

Na década de 1950, a população da cidade dobrou novamente, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado, o prefeito Américo René Gianetti deu início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte. Na década de 1960, muitas demolições foram feitas, transformando o perfil da cidade, que passou, então, a ter arranha-céus e asfalto no lugar de árvores. Belo Horizonte ganhou ares de metrópole. A conurbação da cidade com municípios vizinhos se ampliou. Ainda neste período, a cidade atingiu mais de 1 milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se esgotaram, e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios conurbados a Belo Horizonte, como Sabará, Ibirité, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Na tentativa de resolver os problemas causados pelo crescimento desordenado, foi instituída a Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas ações visando a conter o caos metropolitano.


Geografia



Imagem da Região Metropolitana de Belo Horizonte à noite a partir da Estação Espacial Internacional.

Belo Horizonte é a capital do segundo estado mais populoso do Brasil, Minas Gerais, situando-se próximo ao paralelo 19º49'01'' sul e do meridiano 43º57'21'' oeste. A área real do município é controversa, e varia conforme a fonte de dados. A própria Prefeitura informa 331 km² e o Itamaraty indica 335 km². Já o IBGE refere uma área de 330,95 km². Suas cidades limítrofes são Nova Lima e Brumadinho a sul; Sabará e Santa Luzia a leste; Santa Luzia e Vespasiano a norte; e Ribeirão das Neves, Contagem e Ibirité a oeste.

Região metropolitana

O intenso processo de conurbação atualmente em curso na chamada Grande BH vem criando uma metrópole cujo centro está em Belo Horizonte e atinge os municípios de Contagem, Betim, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Ibirité, Vespasiano e Sabará. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi criada no ano de 1973 e atualmente é constituída por 34 municípios, sendo atualmente a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, atrás apenas das de São Paulo e Rio de Janeiro; o 62º maior aglomerado urbano do mundo e o sétimo da América Latina (atrás da Cidade do México, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Bogotá e Lima). Seu Produto Interno Bruto (PIB) somava em 2005 cerca de 62,3 bilhões de reais, dos quais aproximadamente 45% pertenciam ao município de Belo Horizonte.

Geologia e hidrografia


Serra do Curral vista de dentro do Parque das Mangabeiras.


Vista noturna de Belo Horizonte, do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça.

Belo Horizonte está em uma região de contato entre séries geológicas diferentes do proterozoico, compostas de rochas cristalinas, o que dá ao território paisagens diferenciadas. Insere-se na grande unidade geológica conhecida como cráton do São Francisco, referente ao extenso núcleo crustal do centro-leste do Brasil, estável tectonicamente no final do paleoproterozoico e margeando áreas que sofreram regeneração no neoproterozoico. Predominam as rochas arqueanas integrantes do Complexo Belo Horizonte e sequências supracrustais do período paleoproterozoico. O domínio do Complexo Belo Horizonte integra a unidade geomorfológica denominada Depressão de Belo Horizonte, que representa cerca de 70% do território da capital mineira e tem sua área de maior expressão ao norte da calha do Ribeirão Arrudas. O domínio das sequências metassedimentares tem sua área de ocorrência a sul da calha do Ribeirão Arrudas, constituindo cerca de 30% do território de Belo Horizonte. As características deste domínio são as diversidades litológicas e o relevo acidentado que encontra expressão máxima na Serra do Curral, limite sul do município. Engloba uma sucessão de camadas de rochas de composição variada, representada por itabiritos, dolomitos, quartzitos, filitos e xistos diversos, de direção geral nordeste-sudeste e mergulho para o sudeste. As serras de Belo Horizonte são ramificações da Cordilheira do Espinhaço e pertencem ao grupo da Serra do Itacolomi. Contornando o município estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril e Curral. O ponto culminante do município encontra-se na Serra do Curral, atingindo 1 538 metros. A sede da capital mineira encontra-se a 852,19 metros de altitude. A maior área está entre 751 e 1 000 metros, de norte para sudoeste. As menores altitudes ocorrem a nordeste, entre 650 e 750 metros; as maiores, nos limites a sul e sudeste, entre 1 001 e 1 150 metros nas encostas, podendo atingir 1 500 metros, no topo da Serra do Curral.

Localizada na Bacia do São Francisco, Belo Horizonte não é banhada por nenhum grande rio, mas por seu solo passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria canalizados. A capital é atendida por duas sub-bacias, do Ribeirão Arrudas e do Ribeirão da Onça, afluentes do Rio das Velhas. O Ribeirão Arrudas atravessa a cidade de oeste para leste. Mais ao norte, integrando a bacia do Onça, corre o Ribeirão Pampulha, represado para formar o reservatório de igual nome, um dos recantos de turismo e lazer da cidade. O Ribeirão Arrudas deságua no município de Sabará e o Ribeirão da Onça no município de Santa Luzia, ambos no Rio das Velhas. Os trajetos dos córregos e ribeirões não foram utilizados como referências naturais na composição do traçado da área urbana planejada inicialmente, embora estivessem à vista em vários trechos da cidade em seus primeiros anos. Todos eles seriam progressivamente canalizados em seus percursos dentro do perímetro da Avenida do Contorno.

Vamos passear pela cidade de Belo Horizonte

Um dia em Belo Horizonte

Belo Horizonte é uma cidade que mistura modernidade com ares de interior. Localizada entre montanhas, rodeada por cachoeiras e cidades históricas, a capital de Minas Gerais conta com um valioso patrimônio arquitetônico que mistura construções clássicas e as linhas curvilíneas de Oscar Niemeyer. Suas praças dividem o espaço com ótimos museus, como o Memorial Minas Gerais – Vale, na Praça da Liberdade e já recebeu o prêmio de Novidade do Ano no GUIA QUATRO RODAS Brasil 2012.

A gastronomia não fica de fora. Tem pra todos os gostos: dos restaurantes italianos e franceses com pratos refinados até os botecos que servem boas cachaças acompanhadas de petiscos bem mineirinhos. Essa culinária boêmia deu origem ao concurso Comida di Buteco, que começou em “Beagá” e se espalhou para outras quinze cidades do Brasil.

Preparamos um roteiro de 48 Horas em Belo Horizonte para você descobrir as maravilhas da capital de Minas Gerais

Nossa jornada tem início na Savassi, um dos bairros mais vibrantes de Belo Horizonte. Comece o dia com uma caminhada na Praça da Liberdade. Seus jardins, inspirados no francês Palácio de Versalhes, são um convite aos passeios matinais. Ao seu redor estão construções do século 19, como o Palácio da Liberdade, um dos cartões postais da cidade (aberto aos domingos das 9h às 12h30 para visitantes), dividem a cena com o design moderno do Edifício Niemeyer.

Aproveitando que está aqui, percorra os principais museus do Circuito Cultural da Praça da Liberdade. O projeto do governo do estado prevê doze atrações, oito já estão em funcionamento. Inicie o passeio pelo Memorial Minas Gerais – Vale, que conta a história da terra do ouro utilizando instalações interativas. Seis ícones da história mineira foram homenageados: Lygia Clark, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Sebastião Salgado, Humberto Mauro e Milton Nascimento, todos com espaços dedicados às suas obras.

Atravesse a rua para conhecer o planetário do Espaço TIM UFMG do Conhecimento. O ideal é chegar 30 minutos antes da sessão porque só há 65 lugares. Após aprender sobre as estrelas e constelações, visite o Museu das Minas e do Metal – EBX, no mesmo quarteirão. O casarão, que já abrigou a Secretaria da Educação, possui um acervo interativo e um elevador que simula uma descida a uma mina. Como essas duas atrações abrem tarde, talvez valha a pena ter que optar por uma delas e fazer um passeio mais calmo, sem correrias.

É hora de rumar para o centro e matar a fome em um dos botecos do Mercado Central. No segundo andar fica o badalado Casa Cheia. Não deixe de provar as almôndegas exóticas, com carne de sol, recheadas com queijo e acompanhadas de creme de abóbora com manjericão.

Após forrar o estômago faça valer o passeio: ande pelas 450 barracas e vivencie as cores, os aromas e os sabores do mercadão. Procure por delícias típicas mineiras como o queijo minas, o doce de leite ou até por uma cachacinha. A Banca do Ronaldo (lojas 34 e 141) conta com 450 rótulos para você presentear o amigo que gosta de uma branquinha para abrir o apetite.


Mais de 2 mil peças dos séculos 18 ao 20, vídeos e jogos interativos explicam o surgimento de diversas profissões no Museu de Artes e Ofícios – Foto: Divulgação


Siga para o Museu de Artes e Ofícios na Praça Rui Barbosa. Com mais de duas mil peças dos séculos 18 ao 20 você irá viajar pela história de diferentes profissões em um verdadeiro tributo aos trabalhadores brasileiros.

No fim da tarde vá ao Parque Municipal na Avenida Afonso Pena. Passeie pelos jardins, caminhe em volta do lago e visite o orquidário. Ao lado fica o Palácio das Artes, que recebe shows e teatros.

Passe na esquina da Av. Getúlio Vargas com a rua Santa Rita Durão onde fica a Sorveteria São Domingos, uma das mais tradicionais de Belo Horizonte. Os sorvetes de fabricação própria são apreciados desde a década de 30. Cupuaçu, jabuticaba e tamarindo estão entre os sabores mais exóticos. Opções como chocolate, coco, amarula e pistache têm bastante saída.

Se preferir volte ao hotel para se refrescar antes do jantar. Vá ao italiano Vecchio Sogno (duas estrelas no GUIA QUATRO RODAS) provar as massas e pães artesanais do chef Ivo Faria. Para um ambiente mais descontraído botecos como Café Palhares e Chef Túlio estão sempre agitados à noite.

Se ainda tiver pique, a Obra Bar Dançante, na Savassi, tem shows às quartas e quintas e Dj’s às sextas e sábados.

Após um dia explorando a área central de Belo Horizonte, é hora de conhecer o Complexo Arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer, a pedido do então prefeito Juscelino Kubitscheck, para ser o mais belo bairro do Brasil. As construções, que contornam a lagoa e viraram símbolo da cidade, dividem o espaço com jardins de Burle Marx. Vá de carro para ver todas, pois são 18 quilômetros a serem percorridos.

Comece pela Igreja de São Francisco de Assis, um dos ícones da capital mineira, que une as linhas arrojadas da arquitetura de Niemeyer com a sensibilidade da pintura de Cândido Portinari. O painel de azulejos do pintor adorna a construção do arquiteto. Visite depois a Casa do Baile. Com suas formas sinuosas, a construção parece uma continuidade da lagoa. Se tiver tempo sobrando, vá ao Museu de Arte da Pampulha. O prédio, que funcionou como cassino, já é uma obra de arte. Trabalhos de Portinari, Di Cavalcanti, Guignard, entre outros grandes artistas, estão no acervo do museu.

Pertinho do Complexo da Pampulha está o Zoológico, que acaba de ganhar um aquário com 1 200 peixes (50 espécies diferentes) do Rio São Francisco. Pelas ruas do parque você irá achar mais de 200 espécies de animais e um borboletário com mais de 1 000 insetos.

Aproveite que está na região para almoçar em um dos restaurantes mais famosos da capital, o estrelado Xapuri. O restaurante comandado pela chef Nelsa Trombino serve pratos típicos da culinária mineira.

Para o final de tarde veja o pôr do sol na Praça do Papa, uma das vistas mais belas da cidade. Aproveite para passar na folclórica “Rua do Amendoim”. Qualquer belo-horizontino irá dizer que é só desligar o carro e tirar o pé do breque para o veículo começar a subir a ladeira.


Vista da praça do Papa, em Belo Horizonte, Minas Gerais – Foto: Bruno do Val Benes


Está com fome? Escolha entre um dos restaurantes estrelados da cidade, como Gomide, Hermengarda, Taste-Vin ou rume para a Rua Barreiro de Baixo e conheça o Bar do Zezé, tricampeão do concurso Comida di Buteco de Belo Horizonte. O último prato premiado foi o músculo cozido com feijão andu, calabresa, bacon e mandioca amarela na manteiga de garrafa, campeão de 2011.

Para fechar a noite no estilo sertanejo vá ao Alambique, na Avenida Raja Gabaglia, e aproveite para experimentar a Cachaça Germana, de fabricação própria. Se preferir shows de rock faça a balada no Jack Rock Bar, na Avenida do Contorno.

Importante: não comece, nem termine, suas 48 Horas em Belo Horizonte numa segunda-feira. Nestes dias boa parte dos museus, e até alguns espaços públicos, estão fechadas para o público.

Se você tem mais dias em Belo?

Não deixe de visitar o Instituto Inhotim, em Brumadinho, a 63 quilômetros da capital. Possui centenas de obras de arte contemporânea expostas entre palmeiras, eucaliptos e lagos. Também é possível fazer um bate e volta à histórica cidade de Ouro Preto.



Fonte : Wikipédia - Viagem e turismo - Revista Abril
Fotos e Imagens : Credito abaixo das fotos e imagens

Cidade de Brasília

Aniversário 21 de abril

Fundação 21 de abril de 1960
Gentílico brasiliense
Unidade federativa - Distrito Federal
Mesorregião - Distrito Federal
Microrregião - Brasília
Região metropolitana - Distrito Federal e Entorno
Municípios limítrofes - Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto,Padre Bernardo, Planaltina,Valparaíso de Goiás e Cabeceira Grande.
Características geográficas
Área 5 801,937 km²
Altitude 1171 m
Clima Tropical

Página oficial
Site www.brasilia.df.gov.br

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Brasília (AFI: [bɾaˈziljɐ]) é a capital federal do Brasil e a sede do governo do Distrito Federal.[8][9] A capital está localizada na região Centro-Oeste do país, ao longo da região geográfica conhecida como Planalto Central. Segundo estimativa doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2015, sua população era de 2 914 830 habitantes (4 201 737 em sua área metropolitana), sendo, então, a quarta cidade mais populosa do país.[10][nota 1] Brasília é também a sétima concentração urbana mais populosa do Brasil.[13][14] A capital brasileira é a maior cidade do mundo construída no século XX.[15]

A cidade possui o segundo maior produto interno bruto per capita em relação às capitais (57 665,03 reais),[16] o quinto maior entre as principais cidades da América Latina e cerca de três vezes maior que a renda média brasileira.[17] Como capital nacional, Brasília é a sede dos três principais ramos do governo brasileiro e hospeda 127 embaixadasestrangeiras.[18] A política de planejamento da cidade, como a localização de prédios residenciais em grandes áreas urbanas, a construção da cidade através de enormes avenidas e a sua divisão em setores, tem provocado debates sobre o estilo de vida nas grandes cidades no século XX. O projeto da cidade a divide em blocos numerados, além de setores para atividades pré-determinadas, como o Setor Hoteleiro, Bancário ou de Embaixadas.

O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, adequou-o ao projeto do lago Paranoá, concebido em 1893 pela Missão Cruls.[19] A cidade começou a ser planejada e desenvolvida em 1956 por Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com cálculos estruturais do engenheiro Joaquim Cardoso.[20] Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília tornou-se formalmente a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. Vista de cima, a principal área da cidade se assemelha ao formato de um avião, porém foi projetada em formato de borboleta .[21][22] A cidade, comumente referida como "Capital Federal" ou "BSB", é considerada um Patrimônio Mundial pela UNESCO, devido ao seu conjunto arquitetônico e urbanístico[23] e possui a maior área tombada do mundo, com 112,5 quilômetros quadrados.[24][25]

A palavra "Brasília" pode se referir ao Distrito Federal como um todo ou apenas à Região Administrativa I, que é basicamente formada pelo Plano Piloto e pelo Parque Nacional de Brasília. O Distrito Federal acumula características de município e estado. As outras regiões administrativas, também chamadas "cidades-satélites", que formam o Distrito Federal não são municípios.




"Brasiliense" é o nome que se dá a quem nasceu em Brasília. "Candango" é outro termo utilizado para designar os brasilienses, sendo, originalmente, usado para se referir aos trabalhadores que, em sua maioria provenientes da Região Nordeste do Brasil,[26] migravam à futura capital para trabalhar em sua construção. Uma das vertentes etimológicas diz que o termo "candango" vem do termo quimbundo kangundu, diminutivo de kingundu (ruim, ordinário, vilão). Era o termo usado pelos africanos para designar os portugueses.[27][28]

De acordo com o dicionário Michaelis, "candango" significa: "trabalhador, estudante vindo de fora da região para estabelecimento de residência. Nome com que se designam os trabalhadores comuns que colaboraram na construção de Brasília."[29]
História
Ver artigo principal: História de Brasília
Primórdios

Antes da chegada dos europeus ao continente americano, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés, etc.[30]

No século XVIII, a atual região ocupada pelo Distrito Federal brasileiro, próxima à linha do Tratado de Tordesilhas[31], que dividia os domínios portugueses dos espanhóis, tornou-se rota de passagem para os garimpeiros de origem portuguesa em direção às minas de Mato Grosso e Goiás.[32] Data dessa época a fundação do povoado de São Sebastião de Mestre d'Armas (atual região administrativa de Planaltina, no Distrito Federal).[33]

Em 1761, o Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propôs mudar a capital do império português para o interior do Brasil Colônia. O jornalista Hipólito José da Costa, fundador do Correio Braziliense, primeiro jornal brasileiro, editado em Londres, redigiu, em 1813, artigos em defesa da interiorização da capital do país para uma área "próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste". José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi a primeira pessoa a se referir à futura capital do Brasil, em 1823, como "Brasília".[34]




Desde a primeira constituição republicana, de 1891, havia um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiropara o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14 400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital Federal".[35][36] Fato interessante dessa época foi o sonho premonitório do padre italiano São João Bosco, no qual disse ter visto uma terra de riquezas e prosperidade situada próxima a um lago e entre os paralelos 15 e 20 do Hemisfério Sul. Acredita-se que o sonho do padre tenha sido uma profecia sobre a futura capital brasileira, pelo qual o padre, posteriormente canonizado, tornou-se o padroeiro de Brasília.[34]

No ano de 1891, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luís Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre a topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls[37] e foi apresentada em 1894 ao governo republicano. A comissão designava Brasília com o nome de "Vera Cruz".[34]

Em 1922, no ano do Centenário da Independência do Brasil, o deputado Americano do Brasil apresentou um projeto à Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra Fundamental da futura capital, no Planalto Central.[38][39] O então presidente da república, Epitácio Pessoa, baixou o Decreto 4 494, de 18 de janeiro de 1922, determinando o assentamento da pedra fundamental e designou, para a realização desta missão, o engenheiro Balduíno Ernesto de Almeida, diretor da estrada de ferro de Goiás, com sede em Araguari, em Minas Gerais. No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana composta por quarenta pessoas, foi assentada a pedra fundamental no Morro do Centenário, na Serra da Independência, situada a nove quilômetros dePlanaltina.[33]


Esboço da cidade de Vera Cruz feito pela Comissão de Localização 
da Nova Capital Federal.

Em 1954, o marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi convidado pelo presidente Café Filho para ocupar a presidência da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, encarregada de examinar as condições gerais de instalação da cidade a ser construída. Em seguida, Café Filho homologou a escolha do sítio da nova capital e delimitou a área do futuro Distrito Federal, determinando que a comissão encaminhasse o estudo de todos os problemas relacionados à mudança.[40] A Comissão de Planejamento e Localização da Nova Capital, sob a Presidência de José Pessoa, foi a responsável pela exata escolha do local onde hoje se ergue Brasília.[41]

A idealização do plano-piloto também foi obra da mesma comissão que, em robusto relatório, redigido pelo Marechal José Pessoa, de título "Nova Metrópole do Brasil" e entregue ao Presidente Café Filho, detalhando os pormenores do arrojado planejamento que se realizou.[42]

O marechal José Pessoa não imaginou o nome da capital como Brasília, mas sim Vera Cruz, de modo a caracterizar o sentimento de um povo que nasceu sob o signo da Cruz de Cristo e estabelecendo ligação com o primeiro nome dado pelos descobridores portugueses. O plano elaborado respeitava uma determinada interpretação da história e não descaracterizava as tradições brasileiras. Grandes avenidas chamar-se-iam "Independência", "Bandeirantes", etc., diferentes, portanto, das atuais siglas alfa-numéricas de Brasília, como W3, SQS, SCS, SMU e outras.[carece de fontes]

Por discordâncias com o presidente Juscelino Kubitschek, o marechal José Pessoa abandonou a presidência da comissão, tendo sido sucedido pelo coronel do exército Ernesto Silva, que era o secretário da comissão. Ernesto Silva, que também era médico, foi nomeado na sequência presidente da Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal (1956) e Diretor da Companhia Urbanizadora da Nova Capital – Novacap (1956/61), tendo assinado o Edital do Concurso do Plano Piloto, em 1956, publicado no Diário Oficial da União no dia 30 de setembro de 1956.[43]

Planejamento e construção


Plano Piloto de Brasília, projetado pelo urbanista Lúcio Costa.


Construção da Esplanada dos Ministérios em 1959.


Asa Sul em 1964

No ano de 1955, durante um comício na cidade goiana de Jataí, o então candidato à presidência, Juscelino Kubitschek, foi questionado por um eleitor se respeitaria a constituição, interiorizando a capital federal, ao que Juscelino afirmou que transferiria a capital.[44] Eleito, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta-síntese" de seu "Plano de Metas"

O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela EMPRESANovacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lúcio Costa, escolhido através de concurso público nacional. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade, que contaram com cálculos estruturais do engenheiro Joaquim Cardoso.[20] Para fazer a transferência simbólica da capital do Rio para Brasília, Juscelino fechou solenemente os portões do Palácio do Catete, então transformado em Museu da República, às 9 da manhã do dia 21 de abril de 1960, ao que a multidão reagiu com aplausos. A cidade de Brasília foi inaugurada no mesmo dia e mês em que ocorreu a execução de Joaquim José da Silva Xavier, líder da Inconfidência Mineira, e a fundação de Roma.[34]

O princípio básico das estratégias políticas de Juscelino Kubitschek, segundo o próprio, era apropriado do moralista francês Joseph Joubert, para quem "não devemos cortar o nó que podemos desatar". Com base nessa máxima, Kubitschek viabilizou a construção de Brasília, oferecendo várias benesses à oposição, criando fatos consumados e queimando etapas. Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infraestrutura governamental só ocorreu durante os governos militares, já na década de 1970. Todavia, ainda no século XXI, muitos órgãos do governo federal brasileiro continuam sediados na cidade do Rio de Janeiro.[46]

Mostra o efeito provocado pelo modernismo da cidade recém-construída a declaração do cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar para o espaço, ao visitá‐la em 1961: "Tenho a impressão de que estou desembarcando num planeta diferente, não na Terra".[34]

Alguns dos fatores que mais influenciaram a transferência da capital foram a segurança nacional, pois acreditava-se que, com a capitalno litoral, ela estava vulnerável a ataques estrangeiros (argumento militar-estratégico que teve como precursor Hipólito José da Costa), e uma interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional, já que, devido a fatores econômicos e históricos, a população brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o interior do país pouco povoado. Assim, a transferência da capital para o interior forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias, ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica.

Planejada para ter uma população de 500 mil habitantes no ano 2000[47], a população de Brasília já atingia os 2,5 milhões de habitantes em 2010, considerando-se todo o Distrito Federal. Brasília é atualmente a quarta cidade mais populosa do Brasil, após São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, além de sétima concentração urbana mais populosa do país, superada apenas por São Paulo, Rio de Janeiro,Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Salvador.[48][13][14]

Geografia


Brasília vista da Estação Espacial Internacional.

Brasília se localiza a 15°50’16" de latitude sul e a 47°42’48" de longitude oeste, com altitudesentre 1 000 e 1 200 metros acima do nível do mar, no chamado Planalto Central, cujo relevo é, na maior parte, plano, apresentando algumas leves ondulações. A flora corresponde à predominantemente típica do domínio docerrado. Em alguns lugares da cidade é possível observar espécies de gimnospermas, como os pinheiros, e também diversos tipos de árvores provenientes de outros biomas brasileiros. As espécies não nativas da região têm sido retiradas pelaEMPRESA pública arborizadora da cidade (a Novacap) e substituídas por espécies nativas, como ipês.

O Distrito Federal possui grande variedade de vegetação, reunindo 150 espécies. A maioria é nativa, típica do cerrado, e de porte médio, com altura de 15 a 25 m.[49] Muitas são tombadas pelo Patrimônio Ecológico do Distrito Federal, para garantir sua preservação.[49]Algumas das principais: pindaíba, paineira, ipê-roxo, ipê-amarelo, pau-brasil e buriti.[50]

A preservação da vegetação no Distrito Federal é um tema recorrente, principalmente pela preocupação em conservar a flora original. O desmatamento provocado pela expansão da agricultura é um dos problemas enfrentados no Distrito Federal, sendo que, segundo aUnesco, desde sua criação, nos anos 1950, 57% da vegetação original não existe mais.[51] Para colaborar com a preservação, são realizados programas de conscientização e de reformas estruturais para diminuir a degradação da vegetação e também da fauna e rios da região.[52]


Imagem aérea do lago Paranoá e da cidade (ao fundo).

Os rios do Distrito Federal estão bem supridos pelos lençóis freáticos, razão pela qual não secam, mesmo durante o período da estação seca.[53] A fim de aumentar a quantidade de água disponível para a região, foi realizado o represamento de um dos rios da região, o rio Paranoá, para a construção de um lago artificial, o Lago Paranoá, que tem 40 quilômetros quadrados de extensão, profundidade máxima de 48 metros e cerca de 80 quilômetros de perímetro. O lago possui uma grande marina e é frequentado por praticantes dewakeboard, windsurf e pesca profissional.

Governo


Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal.


Edifício-sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O Distrito Federal é pessoa jurídica de direito público interno, ente da estrutura político-administrativa do Brasil de natureza sui generis, pois não é nem um estado nem um município, mas sim um ente especial que acumula as competências legislativas reservadas aos estados e aos municípios, conforme dispõe o art. 32, § 1º da CF, o que lhe dá uma natureza híbrida de estado/município.[86]

Seu poder legislativo é representado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, cuja nomenclatura representa uma mescla deassembleia legislativa (poder legislativo das demais unidades da federação) e de câmara de vereadores (legislativo dos municípios). A Câmara Legislativa é formada por 24 deputados distritais.[87]

Brasília também não possui prefeito, pois o artigo 32 da Constituição Federal de 1988 proíbe expressamente que o Distrito Federal seja dividido em municípios, sendo considerado uno.[86][88]Seu último prefeito foi Wadjô da Costa Gomide (1969), quando o cargo foi transformado em governador.[89][90]

Parte do orçamento do governo distrital provém do Fundo Constitucional do Distrito Federal. Em 2012, o fundo totalizou 9,6 bilhões de reais.[91] Para 2015, a previsão é de 12,4 bilhões de reais, sendo mais da metade (6,4 bilhões) destinado aos gastos com segurança pública.[92]

Economia


Setor Bancário Sul


Setor Hoteleiro Sul da cidade.

Além de ser centro político, Brasília é um importante centro econômico do Brasil, sendo a terceira cidade mais rica do país, exibindo, em 2013, um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 175,3 bilhões, estando também entre as áreas urbanas de maior índice de renda per capita do Brasil, de R$ 62 859,43.[7]

Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida para funcionários estrangeiros, Brasília estava colocada na posição 33 entre as cidades mais caras do mundo em 2011, subindo da posição 70 em 2010. Superada no Brasil em 2011 somente pelas cidades de São Paulo (10) e Rio de Janeiro (12), Brasília entra na classificação logo depois de Nova Iorque (32), a cidade mais cara dos Estados Unidos.[105][106] A cidade foi a região com lançamentos mais caros do Brasil em 2012, segundo o "Anuário do Mercado Imobiliário Brasileiro da Lopes", com 51 empreendimentos lançados, 8.823 unidades e 3,3 bilhões de reais em "Valor Geral de Vendas",[107] sendo o quarto maior mercado imobiliário nacional.[107]

A principal atividade econômica da capital federal resulta de sua função administrativa. Por isso seu planejamento industrial é estudado com muito cuidado pelo Governo do Distrito Federal. Por ser uma cidade tombada pelo IPHAN e que recebeu o Título dePatrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco a ocupação do território do DF tem características diferenciadas para preservação da cidade. Assim, o governo de Brasília tem optado em incentivar o desenvolvimento de indústrias não poluentes como a desoftware, cinema, vídeo, gemologia, entre outras, com ênfase na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico, preservando o patrimônio da cidade.[108]

AECONOMIA de Brasília sempre teve como principais bases a construção civil e o varejo.[109] Foi construída em terreno totalmente livre, portanto ainda existem muitos espaços nos quais se pode construir novos edifícios. À medida que a cidade recebe novos moradores, a demanda pelo setor terciário aumenta, motivo pelo qual Brasília tem uma grande quantidade de lojas, com destaque para o Conjunto Nacional, localizado no centro da capital. A agricultura e a avicultura ocupam lugar de destaque na economia brasiliense. Um cinturão verde na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno abastece a cidade e já exporta alimentos para outros locais.[110]
Turismo

Brasília é classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, uma agência da ONU e recebe cerca de um milhão de visitantes anualmente. Entre as suas atrações mais visitadas estão os diversos projetos arquitetônicos de Oscar Niemeyer.[111]


Bandeira brasileira na Praça dos Três Poderes.

O turismo cívico é valorizado por estarem localizados na capital os órgãos governamentais da administração direta e os representantes dos três poderes republicanos. Os principais monumentos da cidade encontram-se no Eixo Monumental: Catedral Militar Rainha da Paz, Praça do Cruzeiro (Memorial da Primeira Missa), Memorial JK, Memorial dos Povos Indígenas, Complexo Poliesportivo Ayrton Senna: Ginásio de Esportes Nilson Nelson e Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha; Centro de Convenções Ulysses Guimarães (CCUG), Torre de TV, Teatro Nacional Cláudio Santoro, Complexo Cultural da República João Herculino: Biblioteca Nacional de Brasília Leonel de Moura Brizola (BNB) e Museu Nacional Honestino Guimarães; Catedral Metropolitana de Brasília Nossa Senhora Aparecida, Esplanada dos Ministérios, Palácio da Justiça,Palácio Itamaraty, Praça dos Três Poderes: Congresso Nacional, sede do Poder Legislativo brasileiro, Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo brasileiro, Supremo Tribunal Federal (STF), sede do Poder Judiciário brasileiro e Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves; além de outros. Entre outros monumentos estão o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República (no Setor Palácio Presidencial - SPP), o Catetinho (ao longo da EPIA Sul), o Santuário Dom Bosco (na Via W3 Sul), o Museu Vivo da Memória Candanga (noNúcleo Bandeirante[112]) e a Ponte Juscelino Kubitschek, mais conhecida como Ponte JK ou "terceira ponte", premiada internacionalmente (noLago Paranoá, entre o Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES), na Asa Sul, e o Setor de Habitações Individuais Sul (SHIS), no Lago Sul).[113][114]

Brasília ainda é conhecida por suas comunidades espiritualistas (como o Vale do Amanhecer, em Planaltina, a Cidade Eclética e a Cidade da Paz) localizadas nos seus arredores e também por modernistas templos religiosos, como o Templo da Boa Vontade da LBV.

A cidade oferece também ecoturismo por estar localizada a mais de mil metros acima do nível do mar, no imenso platô do Planalto Central, de onde nascem rios de algumas grandes bacias hidrográficas brasileiras.[115] A cidade ainda conta com várias áreas verdes, como o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, (entre a Asa Sul e o Setor Sudoeste), o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral (entrada pela EPIA Norte), o Parque Olhos D'Água (na Asa Norte - SQNs 412 e 413), o Jardim Botânico de Brasília (JBB) (no Lago Sul), o Jardim Zoológico de Brasília (na Candangolândia) e o Parque Ecológico Burle Marx (entre a Asa Norte e o Setor Noroeste).

O turismo histórico na capital federal não se restringe ao período posterior à fundação, mas também resgata locais e fatos anteriores a 1960, como a Estrada Geral do Sertão, com mais de três mil quilômetros, aberta em 1736 para ligar Salvador até Vila Bela da Santíssima Trindade, antiga capital do Mato Grosso.[116]


Vista aérea do centro de Brasília (Plano Piloto) ao longo do Eixo Monumental, 
com destaque para o novo Estádio Mané Garrincha (à esquerda), oCongresso 
Federal e a Praça dos Três Poderes (à direita). Toda a área residencial da Asa 
Norte é vista no meio da imagem.


A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, sé arquiepiscopal da 
Arquidiocese de Brasília.

O edifício do Congresso Nacional do Brasil, tal como a maioria dos edifícios oficiais na cidade, foi projetado por Oscar Niemeyerseguindo o estilo da arquitetura moderna brasileira. Vistas desde o Eixo Monumental, a calota à esquerda é a sede do Senado e a da direita é a sede da Câmara dos Deputados. Entre eles há duas torres de escritórios. O Congresso também ocupa outros edifícios no entorno, alguns deles interligados por um túnel. Na frente do prédio, há um grande gramado e um lago, enquanto do outro lado do edifício está a Praça dos Três Poderes.[170] O paisagista brasileiro Roberto Burle Marx projetou os jardins modernistas de alguns dos principais edifícios da cidade.[171]

O Palácio da Alvorada é a residência oficial do Presidente do Brasil. Concebido por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1958, o prédio foi uma das primeiras estruturas construídas na nova capital, localizado sobre uma península nas margens do Lago Paranoá. O espectador tem uma sensação de olhar para uma caixa de vidro, aterrada suavemente sobre o solo, com o apoio externo de finas colunas. O edifício tem uma área de 7 000 m² e tem três pisos, além de auditório, cozinha, lavanderia, centro médico, centro administrativo, quatro suítes, dois apartamentos privados, biblioteca, piscina, sala de música, duas salas de jantar e várias salas de reunião.[172]


Escultura Os Candangos, de Bruno Giorgi na Praça dos Três Poderes, em frente 
ao Palácio do Planalto.

O Palácio do Planalto é o local onde está localizado o Gabinete do Presidente do Brasil, sendo, portando a sede do Poder Executivo do governo do país. O palácio faz parte do projeto do Plano Piloto da cidade e foi um dos primeiros edifícios construídos na capital. A construção do edifício começou em 10 de julho de 1958 e obedeceu ao projeto arquitetônico elaborado por Oscar Niemeyer em 1956. A obra foi concluída a tempo de tornar o Palácio o centro das festividades da inauguração da nova capital, em 21 de abril de 1960.[173] OPalácio Itamaraty, também conhecido como Palácio dos Arcos, outro projeto modernista de Niemeyer, foi inaugurado em 21 de abril de 1970 e é onde está localizado o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.[174]

A Catedral de Brasília é outra obra idealizada por Niemeyer. Teve sua estrutura pronta em 1960, onde aparecia somente a área circular de 70 metros de diâmetro da qual se elevam dezesseis colunas de concreto (pilares de secção parabólica), que pesam noventa toneladas. Em 31 de maio de 1970, foi inaugurada oficialmente, já com os vidros externos transparentes. Na praça de acesso ao templo, encontram-se quatro esculturas em bronze com três metros de altura, representando os evangelistas; as esculturas foram realizadas com o auxílio do escultor Dante Croce, em 1968. No interior da nave, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de aço.[175]


A ponte Juscelino Kubitschek.

A Ponte Juscelino Kubitschek serve como ligação entre o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião e a parte central do Plano Piloto, através do Eixo Monumental, atravessando o Lago Paranoá. Inaugurada em 15 de dezembro de 2002, a estrutura da ponte tem um comprimento de travessia total de 1 200 metros, largura de 24 metros com duas pistas, cada uma com três faixas de rolamento, duas passarelas nas laterais para uso de ciclistas e pedestres e comprimento total dos vãos de 720 metros. Ela foi projetada pelo arquitetoAlexandre Chan e estruturada pelo engenheiro Mário Vila Verde. Chan ganhou a Medalha Gustav Lindenthal por este projeto. A ponte é constituída por três arcos de aço assimétricos de 60 metros de altura que se cruzam em diagonal. Foi concluída a um custo de US$ 56,8 milhões.[176]

Além dos edifícios já mencionados, outros grandes patrimônios arquitetônicos da cidade são o Complexo Cultural da República,Memorial JK, Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, Torre de TV, a sede da Procuradoria Geral da República, o Palácio do Buriti, o Teatro Nacional Cláudio Santoro, além várias embaixadas estrangeiras que criativamente encarnam características de sua arquitetura nacional.


Vamos passear pela cidade de Brasília

UM DIA EM BRASÍLIA

Brasília possui a maior área do mundo tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Roteiro turístico em Brasília

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Foto: Toninho Tavares/Agência Brasilia

Brasília, com sua arquitetura e urbanismo modernos, possui a maior área do mundo tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O projeto inicial da cidade foi concebido pelo urbanista Lúcio Costa e os principais edifícios projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Sendo assim, há muitos monumentos e outras atrações para se visitar na capital. Por isso, elaboramos sugestões de passeios turísticos para serem feitos no período da manhã e à tarde na cidade.

Manhã

Uma boa opção de turismo pela manhã é um passeio pelos monumentos da Esplanada dos Ministérios, projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Partindo da Rodoviária do Plano Piloto, a primeira parada é o Museu Nacional Honestino Guimarães, na via S1, que recebe exposições de arte moderna e contemporânea. Visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 18h30.


Foto: Toninho Tavares/Agência Brasilia

A pouco mais de 200 metros do museu, fica a Catedral Metropolitana de Brasília, uma das atrações mais visitadas da capital. Além da arquitetura, chamam a atenção o vitral de Marianne Peretti e as esculturas de anjos penduradas no teto, de Alfredo Ceschiatti. Visitação: segunda-feira: de 8h às 16h30; terça e sexta-feira das 10h30 às 18h; quarta, quinta, sábado e domingo das 8h às 18h.


Foto: Renato Araújo/ Agência Brasília

A próxima parada fica a cerca de um quilômetro da igreja, no sentido Praça dos Três poderes: o Palácio do Itamaraty. Sede da chancelaria brasileira, o local pode ser visitado em turmas de passeios guiados agendados na recepção. O visitante percorre o interior do palácio e pode conhecer um pouco da história do País por meio de objetos e obras de arte. O prédio está temporariamente fechado para visitação.


Foto: Agência Brasil

Ao sair do Itamaraty, já é possível ver o edifício do Congresso Nacional, que pode ser visitado. Atrás da sede do Poder Legislativa fica a Praça dos Três Poderes, que também abriga o Palácio do Planalto, sede do Executivo, e o Supremo Tribunal Federal. É na praça que fica outro dos símbolos mais emblemáticos de Brasília: a escultura Os Guerreios, do artista Bruno Giorgi, mais conhecida como Dois Candangos.


Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Na praça também está localizado o Centro Cultural Três Poderes, um conjunto de três monumentos: o Panteão da Pátria Tancredo Neves, Espaço Lúcio Costa e Museu Histórico de Brasília. O panteão foi criado para homenagear os heróis nacionais, ou seja, aqueles brasileiros que possuíram ideais de liberdade e democracia. Visitação: terça à domingo das 9h às 18h.

O Museu Histórico de Brasília (Museu da Cidade) é o mais antigo da cidade e tem por objetivo preservar os trabalhos relativos à história da construção da capital, com exposição permanente com inscrições históricas, transcritas em braile e inglês. Visitação: de terça-feira a domingo das 9h às 18h.


Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Já o Espaço Lúcio Costa é uma homenagem ao urbanista que projetou a cidade. É uma construção subterrânea que abriga no seu interior a Maquete de Brasília e uma galeria onde se encontram expostas cópias dos croquis e do Relatório do Plano Piloto. Visitação: terça à domingo das 9h às 18h.


Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Voltando em direção à rodoviária, ainda é possível passar em frente ao Palácio da Justiça, na via N1, em frente ao Palácio do Itamaraty. Mais adiante, quase chegando ao terminal, fica o Teatro Nacional Cláudio Santoro, que exibe em suas fachadas laterais um imenso painel de cubos, do artista plástico Athos Bulcão.

Após o almoço, outra dica é visitar os monumentos do Eixo Monumental, continuação da Esplanada dos Ministérios, acima da Rodoviária do Plano Piloto. As principais atrações são a Torre de TV, que conta também com uma feira e uma fonte luminosa; Planetário de Brasília; Praça do Buriti, onde fica o Palácio do Buriti, sede do governo local de Brasília; Memorial dos Povos Indígenas; Memorial JK; Praça do Cruzeiro e Catedral Militar Rainha da Paz.


Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Tarde

Depois de conhecer as principais atrações de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, é hora de continuar o passeio em outros locais amados pelos brasilienses. Caminhar no Parque da Cidade Sarah Kubitschek é muito agradável. O projeto arquitetônico é de Oscar Niemeyer, o paisagismo de Burle Marx e a área urbanística de Lúcio Costa. Ao visitar, é possível ver o parque de diversões, a ciclovia, os parques infantis, o lago com pedalinhos e caiaques, os bosques com churrasqueiras, o kartódromo e outras atrações. O parque tem diversas entradas, uma delas pelo Eixo Monumental, na altura da Torre de TV, e pode ser visitado diariamente.


Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Após deixar o parque, o visitante pode conferir o Santuário Dom Bosco, na quadra 702, da Asa Sul. Ele é famoso pelos vitrais em tons de azul, que imitam o céu da capital e pelo lustre central, onde se equilibram 7.400 copos de vidro de Murano e 180 lâmpadas. O Santuário é considerado a sexta maravilha do Distrito Federal. Visitação: todos os dias, das 7h às 20h.


Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Ainda na Asa Sul, o turista pode conhecer a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, na entrequadra da 307/308 Sul. Desenhada por Oscar Niemeyer, é famosa pelos azulejos de Athos Bulcão. A capela é a primeira construída em alvenaria nas quadras residenciais de Brasília e lembra o formato de um chapéu de noviça. Visitação: todos os dias, de 8h às 12h e de 13h às 19h.


Foto: Renato Araújo/Agência Brasília


Na mesma região, estão as quadras 107, 108, 307 e 308 Sul, tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O local recebe turistas o ano inteiro e é uma verdadeira aula de arquitetura e urbanismo. Os visitantes vão poder ver prédios projetados por Oscar Niemeyer, jardins de Burle Marx, paredes de Athos Bulcão, o traçado de Lúcio Costa e os famosos cobogós nos blocos.

A 308 sul é conhecida como “quadra modelo” por ser uma referência de como deveriam ser as superquadras de Brasília e é a única com projeto paisagístico assinado por Burle Marx, junto ao projeto urbanístico de Lúcio Costa. Lá os prédios têm pilotis, que permite a livre circulação de pedestres por baixo dos edifícios. Os espaços verdes predominam e existe uma infraestrutura para atender as necessidades de seus moradores.

De volta à região central de Brasília no fim da tarde, o pôr-do-sol é outra atração para quem visita a cidade. Um bom lugar para assistir ao espetáculo do céu da capital é a Praça do Cruzeiro, ponto mais alto do Plano Piloto, que fica no Eixo Monumental, acima do Memorial JK.


Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília



TORRE DE TV DIGITAL


Espaço fica aberto todos os fins de semana e feriados

A Torre de TV Digital é o mais jovem ponto turístico de Brasília e foi reaberto em 2015. O projeto de 170 metros de altura é apelidado de “flor do cerrado” e é o último projeto de Oscar Niemeyer edificado antes de sua morte, em 2012.

Localizada no Setor Taquari, a visitação acontece aos fins de semana e feriados, das 9h às 17h. Os grupos são formados na hora, por ordem de chegada, observando a capacidade dos elevadores. Após as 15h, os colaboradores do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), instalado no local, iniciam a distribuição de senhas, para organizar o fluxo e respeitar o horário de fechamento do monumento.

Os turistas e moradores da cidade passam pela cúpula mais baixa e pelo mirante da torre e são acompanhados por um guia treinado pela Secretaria de Turismo do Distrito Federal. O espaço é acessível e conta com corrimãos, mapas em braille, piso tátil, rampas e vagas exclusivas no estacionamento.

Torre de TV Digital
Funcionamento: Sábados, domingo e feriados
Horário: 9h às 17h
Endereço: Setor Habitacional Taquari, parte da Administração Regional do Lago Norte
Entrada gratuita

Com informações da Agência Brasília e Administração do Plano Piloto




CINE BRASÍLIA



O espaço foi projetado por Oscar Niemeyer para ser o cinema da Unidade de Vizinhança, junto ao complexo que teria uma quadra de esportes situado na entrequadra 106/107 Sul. O espaço cultural, desde o seu início, foi o mais democrático da capital de todos os brasileiros. Inserido na cidade não apenas enquanto espaço cinematográfico de Brasília, mas também, como ponto vital da cultura integradora do DF.



Foto: Andre Borges/Agência BrasíliaHoje, o Cine Brasília, além de abrigar o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e o projeto “A Escola Vai ao Cinema”, mantém em sua programação lançamentos de filmes nacionais, mostras estrangeiras, debates, lançamentos de livros, exposições, intercâmbio e cooperação com as Embaixadas, escolas públicas, universidades, contribuindo com projetos de formação de plateia e enriquecimento de nossa cultura.

Capacidade para 607 lugares; Som Dolby Stereo Digital e Tela 14 x 6.30m.

Funcionamento: de segunda a domingo: 15h às 23h

Ingressos: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia), mostras temáticas são gratuitas.

Endereço: EQS 106/107 (Asa Sul), 70345-400 – Brasília








Cidade de Maceió

Faça uma viagem virtual e conheça a historia e veja fotos da cidade de Maceió. 

Maceió é um município brasileiro, capital do estado de Alagoas, situado na microrregião homônima e mesorregião do Leste Alagoano, Região Nordeste do país. Ocupa uma área de 510,655 km²,[3] estando distante 2 013 quilômetros de Brasília, a capital federal.[2] É o município mais populoso de Alagoas, e sua população em 2015, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 1 013 773 habitantes,[4] sendo a décima quarta capital brasileira a ultrapassar a marca de um milhão de habitantes residentes, e a quinta do Nordeste. Integra, com outros dez municípios alagoanos, a Região Metropolitana de Maceió, totalizando cerca de 1,5 milhão de habitantes em 2015.[6] , sendo o mais populoso de Alagoas, o 17º de todo o país e o 73º do continente americano.[7]

Aniversário - 9 de dezembro de 1839

Fundação - 5 de dezembro de 1815
Gentílico - maceioense
Padroeiro(a) Nossa Senhora dos Prazeres
Unidade federativa - Alagoas
Municípios limítrofes - Barra de Santo Antônio, Paripueira,Rio Largo, Satuba, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro e São Luís do Quitunde
Distância até a capital 2 013 km

Características geográficas
Área - 510,655 km²
Altitude - 7 à 300 m
Clima - Tropical As

Prefeitura - www.maceio.al.gov.br
Câmara - www.camarademaceio.al.gov.br


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Maceió é um município brasileiro, capital do estado de Alagoas, situado na microrregião homônima e mesorregião do Leste Alagoano, Região Nordeste do país. Ocupa uma área de 510,655 km²,[3] estando distante 2 013 quilômetros de Brasília, a capital federal.[2] É o município mais populoso de Alagoas, e sua população em 2015, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 1 013 773 habitantes,[4] sendo a décima quarta capital brasileira a ultrapassar a marca de um milhão de habitantes residentes, e a quinta do Nordeste. Integra, com outros dez municípios alagoanos, a Região Metropolitana de Maceió, totalizando cerca de 1,5 milhão de habitantes em 2015.[6] , sendo o mais populoso de Alagoas, o 17º de todo o país e o 73º do continente americano.[7]


A cidade tem uma temperatura média anual de 25 a 29 graus centígrados. Na vegetação original do município, pode-se observar a presença de herbáceas (gramíneas) e arbustivas (poucas árvores e espaçadas). Com uma taxa de urbanização da ordem de 99,75 por cento, seu Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,735, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o primeiro do estado.


Faz divisa com cidades como São Luís do Quitunde, Rio Largo, Satuba, Marechal Deodoro, Paripueira entre outras às quais é ligada pelas BR-101, BR-104, BR-316 e AL 101, Maceió é a principal cidade do estado e, atualmente, vive um intenso crescimento econômico e de infraestrutura, sendo uma cidade considerada capital regional A, segundo a hierarquia urbana do Brasil. É o maior produtor brasileiro de sal-gema. Seu setor industrial diversificado é composto de indústrias químicas, açucareiras e de álcool, de cimento e alimentícias. Possui agricultura, pecuária e extração de gás natural e petróleo. Possui o maiorproduto interno bruto do estado, 9 143 488 000 reais: o 41º maior do Brasil.


As festividades realizadas na cidade anualmente atraem uma enorme quantidade de turistas. Podem ser citados o Maceió Forró e Folia, Maceió Music Festival e o extinto evento carnavalesco Maceió Fest[8] , além de suas festas de natal e réveillons como o Réveillon Absoluto, o Réveillon Paradise, Allure e o Réveillon Celebration.[9] Conta com importantes monumentos, museus, como o Mirante da Sereia, o Memorial Gogó da Ema, o Museu Palácio Floriano Peixoto, o Museu Théo Brandão, o Teatro Deodoro. Foi desmembrada em 1839 da antiga Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, atual cidade de Marechal Deodoro. Sempre conhecida como "Cidade-Sorriso" e "Paraíso das Águas", hoje é considerada como o "Caribe Brasileiro", devido às suas belezas naturais, que atraem turistas de todo o mundo.

Maceió é a cidade que mais cresce no Nordeste, a 4° no Brasil e a 71° no mundo, de acordo um relatório da fundação City Mayors, dedicado a estudos urbanos.

Período pré-colonial[editar

Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região da atual cidade de Maceió foram expulsos para o interior do continente por povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era ocupada por um desses povos tupis: o dos caetés .

Período colonial

No século XVII, início da colonização portuguesa, navios portugueses atracavam onde hoje se localiza o porto do bairro do Jaraguá, local em que eram carregadas madeiras das florestas litorâneas. O porto também serviu, mais tarde, para o embarque de açúcar produzido pelos engenhos locais.


Antes de sua fundação em 1609, Manoel Antônio Duro morou onde hoje é o bairro de Pajuçara, recebendo, do alcaide-mor de Santa Maria Madalena, Diego Soares, uma sesmaria.


Mais tarde, em 1673, as terras mudaram de dono. O rei de Portugal determinou, ao Visconde de Barbacena, a construção de um forte no bairro do Jaraguá. Com isso, houve um grande desenvolvimento na região e o pequeno povoado recebeu uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, hoje padroeira da cidade.

A vila de Maceió foi desmembrada no dia 5 de dezembro de 1815 da então Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, ou simplesmente Vila de Alagoas, atual cidade de Marechal Deodoro. Em 9 de dezembro de 1839, deu-se a elevação à condição decidade, principalmente por causa do desenvolvimento advindo da operação do porto de Jaraguá, um porto natural que facilitava o atracamento de embarcações, por onde eram exportados açúcar, tabaco, coco e especiarias. Em 16 de dezembro de 1839, é inaugurado o município de Maceió, sendo seu primeiro intendente Augustinho da Silva Neves.


Após a vila ser agraciada com o simbólico ato de transferência do baú do Tesouro da Província, cuja iniciativa partiu do ouvidor Batalha, dado o contínuo processo de desenvolvimento do local, Maceió veio a se tornar a capital da Província das Alagoas, especificamente em 9 de dezembro de 1839, mediante a edição da Resolução Legislativa nº 11:

Agostinho da Silva Neves, presidente da Província das Alagoas:

Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Provincial Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte resolução: 

Art. único: - Fica erecta em cidade e capital da Província a Vila de Maceió, que será dora em diante a Sede do Governo, Assembleia e tesouraria Provincial, ficando o mesmo governo autorizado a despender a quantia necessária com o aluguel dos edifícios para as ditas repartições. Ficam revogadas todas as leis e disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades e quem o conhecimento e execução da referida resolução pertencer, que a cumpram, e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém. O secretário desta Província faça imprimir, publicar e correr. 

Palácio do Governo das Alagoas, 9 de dezembro de 1839. 
18º da Independência e do Império. Agostinho da Silva Neves

Com a emancipação política de Alagoas, o novo governador da capitania, Sebastião de Melo e Póvoas, iniciou a transferência da capital para a cidade de Maceió, mas houve resistência dos homens da câmara e homens públicos. No dia 16 de dezembro de 1839, expedições militares dos estados de Pernambuco e Bahia foram para Maceió para garantir a ordem e para a transferência do governo para a cidade.

Mas, com a mudança da capital, Maceió foi invadida no dia 4 de outubro de 1844 por tropas guerrilheiras comandadas por José Thomaz da Costa, pelo padre Calheiros e pelo advogado Lúcio, da Vila do Norte. Sousa Franco, então presidente da província, contra-atacou com tropas da nova capital. No dia 5 de outubro de 1844, outras tropas atacaram a capital. As tropas guerrilheiras invadiram as ruas da cidade e fizeram exigências ao presidente, que não aceitou as reivindicações. O contra-ataque fez com que as tropas invasoras recuassem. O recuo das tropas cabanas fez com que Vicente de Paula assumisse o comando das tropas cabanas. Novos contingentes de cabanos voltaram a atacar Maceió no dia 21 de outubro de 1844 às 7:00. As tropas invadiram o consulado britânico e prendem o vice-cônsul Diogo Burnett. O ataque teve repercussão até na capital do império.


O escândalo da invasão do consulado fez com que o major Sérgio Tertuliano viesse de Pernambuco para reforçar as defesas de Maceió. Um relatório do major sobre o conflito foi feito. Ele mostrou o pânico da população e o bloqueio das entradas da cidade. Um novo contra-ataque fez com que as tropas cabanas fossem derrotadas e que os principais líderes cabanos fossem mortos.

Período imperial

Maceió foi visitada em 1859 pelo imperador Dom Pedro II, que, inclusive, participou de festas na capital antes de seguir viagem para outras cidades.

O único marquês de Maceió foi Francisco Afonso Meneses Sousa Coutinho, nasceu em Turim, 2 de fevereiro de 1796, foi um militar da marinha de Portugal que, aderindo à independência do Brasil, fora promovido a capitão de fragata. Alcançou a patente de tenente-coronel, passando a ministro da pasta da Marinha em 1827.

Filho de dom Rodrigo Domingos de Sousa Coutinho, 1.° conde de Linhares, e de Gabriella Maria Ignazia Asinari dei Marchesi di San Marzano. Irmão de D. Vitório Maria Francisco de Sousa Coutinho Teixeira de Andrade Barbosa, 2.º conde de Linhares. Casou-se com Guilhermina Adelaide Carneiro Leão, filha de José Fernando Carneiro Leão, barão de Vila Nova de São José. Não houve descendência.

Grande do Império, exercia a função de vedador na corte imperial. Era cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro e da Ordem da Torre e Espada, e comendador da Imperial Ordem de Cristo. Recebeu o viscondado com grandeza por decreto de 12 de outubro de 1824 e o marquesado por decreto de 12 de outubro de 1826, em 14 de agosto de 1834 Dom Francisco faleceu em Paris.

Quebra de Xangô

Ocorreu no dia 1 de fevereiro de 1912. A Quebra do Xangô também possui outros nomes, como "Dia do Quebra" e "Quebra-quebra". Muitos historiadores e estudiosos preferem chamá-la de "Quebra de 1912". Consistiu na destruição de todas as casas de culto afro-brasileiro existentes na capital. As referências historiográficas sobre o fato estão nos artigos publicados na sessão Bruxaria, de Oséas Rosas, no já extinto Jornal de Alagoas. Terreiros foram invadidos e objetos sagrados foram retirados e queimados em praça pública; pais e mães de santo foram espancados publicamente.


A capital era considerada papel preponderante da Igreja católica na formação do território alagoano, não se sabe ao certo o número de terreiros destruídos, pessoas assassinadas ou os responsáveis pelo fato. O movimento foi insuflado pela Liga dos Republicanos Combatentes que era uma entidade civil que cometia atos ilegais como invasão a casas oficiais, tiroteios, intimidações.

Século XX


O século XX trouxe o turismo como a principal fonte de renda de todo o município. A cidade possui belas praias de águas cristalinas e repletas de coqueiros, lagunas, uma rica gastronomia, numerosos monumentos e edifícios culturais, a amabilidade de sua gente e sua boa infraestrutura, entre outros. Na década de 1930, chamou a atenção pelo grande movimento literário com a participação de José Lins do Rego, Raquel de Queirós, Graciliano Ramos entre outros. Depois disso Maceió consolidou seu desenvolvimento administrativo e político, iniciando uma nova fase no comércio e a industrialização.


Na década de 1950, foi construído, na praia da Pajuçara, o Iate Clube Pajussara, um clube de recreio e de treinamentos náuticos. Um dos sócios-fundadores deste clube foi um dos mais renomados professores do estado, Odorico Maciel. Nele, os alagoanos faziam bailes de formatura, bailes carnavalescos e diversas festas e encontros da elite alagoana. Um dos pontos turísticos mais conhecidos de Maceió estava localizado na praia de Ponta Verde, o Gogó da Ema, um coqueiro que nasceu torto à beira-mar, na curva da praia, e tinha a forma do pescoço de uma ema, o que lhe dava uma característica especial e que servia de inspiração para diversos fotógrafos e desenhistas; foi derrubado pelo avanço do mar na década de 1960.Era o local dos encontros entre namorados nas décadas de 1950 e 1960. Hoje no local existe um clube, o Alagoas Iate Clube, ponto de divisão entre as praias da Ponta Verde e dos Sete Coqueiros.


O fato estava ligado a um momento em que a oposição, liderada por Fernandes Lima, tenta derrubar do poder da estabelecida e consolidada Oligarquia Malta.

A queda de Suruagy

Em 17 de julho de 1997, milhares de servidores públicos protestaram contra a desvalorização dos trabalhadores ao então governador Divaldo Suruagy. Eles reivindicavam melhoria nas condições de trabalho nas repartições públicas e pela falta do salário atrasado. Desesperados, muitos servidores cometeram suicídio depois de seis meses sem receber salário, militares e civis se uniram em um combate armado nas proximidades da Assembleia Legislativa de Alagoas, que estava protegida pelas tropas do Exército. Houve quebra-quebra nas ruas e, finalmente, aconteceu a queda do governador Suruagy; o fato ficou conhecido como "A queda de Suruagy".

Atualmente

A cidade de Maceió foi escolhida por um júri internacional como a Capital Americana da Cultura de 2002 entre dez finalistas, sendo a primeira do Brasil a ganhar este título.

Por centenas de anos, formaram-se terrenos alagados, devido ao acúmulo de sedimentos oriundos dos rios Mundaú e Paraíba do Meio. O mar também contribuiu com sedimentos, fechando as fozes dos respectivos rios, formando assim o que hoje conhecemos por Lagoas Mundaú e Manguaba, um dos maiores complexos estuarinos do brasil.

Foi sobre esses alagadiços e restingas que a cidade de Maceió cresceu. Dois bairros da capital abrigam pouco menos da metade da população, são eles: Benedito Bentes e Jacintinho, ambos com 200 mil habitantes cada. O Jacintinho é um bairro próximo ao centro da cidade, cercado por grotas e, apesar de ser vizinho da área mais valorizada da cidade, possui habitantes com baixa renda em sua maior parte. Já o Benedito Bentes é um conjunto habitacional criado há mais de vinte anos que, atualmente, abriga muitos outros conjuntos ao seu redor, que juntos às favelas e grotas formam o bairro. Já tramitou na Câmara Municipal de Maceió uma proposta para o desmembramento do Benedito Bentes de Maceió, transformando-o em uma nova cidade, porém, sem sucesso. Maceió possui sete Regiões Administrativas.


Situa-se na faixa costeira do Nordeste oriental, inserida nos domínios da Mata Atlântica. Estende-se por uma área de aproximadamente 500 km², dos quais 212 km² compõem sua área urbana.

Sua altimetria varia entre 0 metro ao nível do mar e 20 metros na planície litorânea, passando a entre 20 e 180 metros nas encostas e nos topos dos tabuleiros e 300 metros no topo da Serra da Saudinha, no extremo norte do município.

Maceió possui um arquipélago formado por nove ilhas sendo elas Irineu, Almirante, Bora Bora, Fogo, Um Coqueiro Só, Santa Rita, Santa Marta, Cabras, Andorinhas, umas das quais funciona um complexo hoteleiro, que são uma das grandes atrações turísticas maceioenses. Essas ilhas foram formadas por sedimentos deixados pelo Rio Mundaú e Rio Paraíba do Meio, que se acumularam, formando o arquipélago.

Estado de Alagoas ganhou esse nome pelo esplendor de suas lagoas, as duas maiores são Mundaú e Manguaba. Quando elas se encontram com o mar provocam uma espécie de pororoca, mas que o povo alagoano, insiste em chamar de outro nome.
Belezas Naturais



Maceió, a capital do estado tem quase um milhão de habitantes e praias lindas que parecem um paraíso a beira-mar de águas claras. O mar em tonalidades verde e azul salta aos olhos dos motoristas e pedestres que atravessam a avenida costeira. O clima paradisíaco se confunde em meio à estrutura moderna dos grandes edifícios, enfileirados diante da orla urbana maceioense, margeada por uma natureza que contempla a todos. Bares, restaurantes, casas de forró e quiosques populares se concentram nos arredores garantindo uma vida matutina e noturna agitada.
Cultura



Caracterizada pela cultura forte e marcante, a capital alagoana tem em seu folclore uma forte herança de sua história e de influências indígenas, europeias e até africanas. Prova disso são as várias manifestações folclóricas, dentre elas, destaque para Cavalhada, Guerreiro, Pastoril, Bumba Meu Boi, Reisado, Quilombo, Baianas, Chegança, Coco Alagoano, Fandango, Taieras e Toré de Índio. A lista segue extensa e por esse motivo é quase obrigação do visitante conferir de perto essas apresentações, que podem ser assistidas nas ruas de Maceió, principalmente nobairro de Jaraguá. Para se ter uma ideia, em Alagoas, há mais de 25 tipos de danças e folguedos, que encantam brasileiros e estrangeiros do mundo todo.
Gastronomia



É comum você encontrar na capital maceioense, tapioca, cuscuz de milho, batata doce, carne de sol, arroz doce, inhame, pamonha, beiju e canjica. Maceió tem também um leque de opções de frutas, até mesmo, as afrodisíacas, que se transformam em sucos deliciosos, como é o caso do caju, da manga e da pitanga. Outro ponto positivo de Maceió é a rica cozinha internacional do lugar. Há restaurantes especializados em culinária japonesa, francesa, inglesa, paulista, carioca, mineira e por aí vai! Os frutos do mar figuram nos cardápios locais e são de dar água na boca.
Artesanato



A cidade oferta produtos artesanais que se estendem a vasos de cerâmica, bordados, palha de ouricuri, entre outros. Em qualquer ponto da cidade é possível encontrar essas peças-chaves, porém há lugares especializados na comercialização dos mesmos, sempre com novidades.


Fonte : Torres Brasil


Maceió, cidade de motivos para se apaixonar. Das praias às piscinas naturais repletas de peixes coloridos, a beleza da natureza convive em harmonia com a cidade e seus encantos culturais e históricos. Seja pelo clima ou mar perfeito para relaxar em águas mornas e cristalinas, há um fascínio convidativo em Maceió.

MACEIÓ, UM PEDACINHO DO PARAÍSO


As praias de Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca e Cruz das Almas ficam em área urbana e compõem a orla marítima de Maceió, considerada a mais bonita do Brasil. Nesta área, é possível usufruir de excelentes hotéis, restaurantes, bares, pizzarias, cervejarias, ciclovia e um calçadão com quiosques. Ao final da tarde, ele se transforma em uma passarela perfeita para a prática de atividades físicas ou simplesmente para apreciar o pôr-do-sol. Também é possível conhecer praias mais afastadas no litoral norte, como Ipioca, Pratagy, Mirante da Sereia, Riacho Doce, Garça Torta, Guaxuma e Jacarecica.


O passeio de barco na Lagoa Mundaú e Manguaba é garantia de um momento inesquecível em Maceió. No bairro Pontal da Barra, é possível realizar o ‘Passeio das Nove ilhas’,com barcos que navegam em um arquipélago localizado na Lagoa Mundaú. Das nove ilhas, oito delas ficam na capital alagoana e uma em Marechal Deodoro, município vizinho. São elas:

Ilha do Irineu: Tem esse nome em homenagem ao Senhor Irineu, velho pescador da região, conhecido em todo o Brasil por ser um dos poucos trígamos do país.


Ilha das Andorinhas: Tem esse nome porque há vários ninhos de andorinhas na ilha e ocorre todo ano um fluxo migratório na região dessas aves.


Ilha do Fogo: Possui esse nome porque no local havia um alambique de pinga, que faliu anos depois porque os funcionários consumiam o produto.


Ilha de Santa Marta: O nome é uma homenagem a Santa Marta.


Ilha do Almirante: Tem esse nome porque lá viveu um almirante da marinha que faleceu lá mesmo.


Ilha de Um Coqueiro Só: Possui esse nome porque em 1989 uma enchente devastou a ilha e só sobreviveu um coqueiro na região.


Ilha das Cabras: Tem esse nome porque um fazendeiro criava cabras na ilha, mas teve que interromper a criação por causa da poluição da região.



Ilha Bora Bora: Ganhou esse nome porque o povo da região encurtava a palavra “embora” para “bora”, quando queria-se ir para a ilha.


Ilha de Santa Rita: Pertence ao município de Marechal Deodoro. É a maior ilha lacustre do país, pois possui 12 km². Atualmente, a ilha é uma área de preservação ambiental porque possui uma fauna e uma flora riquíssimas.



FIQUE SABENDO QUE…


Jangada adaptada

…para ir de jangada até a paradisíaca piscina natural da Pajuçara, a apenas 2km da costa, é importante consultar a Tábua de Marés. O ideal é de 0.0 a 0.5. Procure jangadeiros credenciados no local.

…em 2010 foi inaugurada a primeira jangada adaptada da capital, que leva cadeirantes às piscinas naturais da famosa praia de Pajuçara.

MIRANTES


Praia da Avenida

- Mirante Ambrózio Lira: Localizado na Rua Ambrósio Lira, bairro do Farol, entre as Ladeiras do Brito e dos Martírios. Por ele, observa-se o mar da Praia da Avenida e todo o resto da costa que vai até o Pontal da Barra e o Centro da cidade de Maceió.


- Mirante Chã de Bebedouro: Localizado na Avenida Osvaldo Cruz, estrada de Santa Amélia, no Bairro da Chã de Bebedouro. Boa parta da Lagoa Mundaú pode ser vista de lá.


- Mirante do Cortiço: Por trás do Colégio Santíssimo Sacramento, no bairro do Farol, proporciona a vista do Centro da cidade e parte da Praia da Avenida.


- Mirante Kátia Assunção: Localizado no bairro do Jacintinho, avista-se quase todo o litoral da cidade, desde a Praia de Cruz das Almas até a Praia da Avenida, onde está localizado o porto da cidade.


- Mirante da Sereia: Localizado no litoral norte, na AL 101 norte, está na Praia de Pratagy – Mirante da Sereia. Avista-se o mar de Pratagy, com sua piscina natural, rodeada de arrecifes, onde está localizada a estátua da sereia.


- Mirante de São Gonçalo: Próximo a Igreja de São Gonçalo, no bairro do Farol. Avista-se o Centro da cidade, o mar da Pajuçara e Ponta Verde, o Porto de Maceió e toda extensão da costa sul.


- Mirante de Santa Terezinha: Em frente a Igreja de Santa Terezinha, no bairro do Farol. É possível ver, parcialmente, a Lagoa Mundaú, o Palácio dos Martírios e o Estádio Rei Pelé (conhecido como Trapichão).








Fotos: Semptur